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Sexta - 02 de Julho de 2010 às 09:32
Por: Fernando Duarte

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Thommylee tem 11 anos e necessita de vários cuidados especiais devido doença
Thommylee tem 11 anos e necessita de vários cuidados especiais devido doença

Com os 2 rins sem funcionar, Thommylee dos Santos, 11, não conseguiu a aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os pais do garoto estão desempregados e precisam, diariamente, dar assistência exclusiva que inclui alimentação balanceada, medicamentos e supervisionar de forma integral o filho que não pode praticar atividades físicas. Thommylee faz hemodiálise 3 vezes por semana e não estuda. O INSS apontou que o menino (menor de idade) está apto para trabalhar.

O servente de pedreiro Jando dos Santos Moraes, 37, conta que o problema começou ano passado, quando o menino apresentou cansaço, inchaço no corpo e vômitos. "Demorou para fazer uma avaliação correta. Primeiro falaram que era virose, depois anemia falciforme. Só na terceira avaliação que uma médica apontou insuficiência renal crônica".

No diagnóstico, verificaram que os rins de Thommylee não se desenvolveram, pelo contrário, eles começaram a atrofiar desde quando ele tinha 6 anos.

Por causa da situação, a mãe do menino, a empregada doméstica Adriana da Silva Cruz Moraes, 30, teve que abandonar o trabalho para cuidar integralmente do filho caçula. O casal tem mais 2 filhos, um de 16 e outro de 14 anos. A atenção é voltada para a alimentação do garoto, já que ele ingere pouca água ou leite, não pode comer nada que tenha sal, o óleo na refeição deve ser de girassol ou de canola, entre outros cuidados.

Além disso, os pais devem medir constantemente a pressão dele, o que não é possível já que não têm condições financeiras para adquirir um medidor eletrônico. "Ele passou mal à noite e não sabíamos em quanto estava a pressão. Ficamos desesperados".

A preocupação com Thommylee aumentou este ano, quando o diretor da escola no bairro Jardim Vitória, onde a família mora, rejeitou a matrícula do garoto. "O diretor disse que não tem condições de cuidar do meu filho porque ele não pode praticar nenhum exercício físico, não pode se machucar, o corpo dele está muito frágil". O caçula parou de estudar no quarto ano do Ensino Fundamental e sonha em ser jogador de futebol.

Jando Moraes afirma que a aposentadoria seria voltada para os cuidados do filho. Ele destacou que não vai deixar de trabalhar e viver do dinheiro do menino. A intenção é que a mãe do garoto não trabalhe para cuidar exclusivamente do caçula, já que eles não têm dinheiro para contratar uma enfermeira particular.

Moraes lamenta ainda que o INSS tenha atestado que ele possua uma renda de R$ 600, sendo que, como servente de pedreiro, ele não possui carteira assinada ou renda fixa.





Fonte: A Gazeta

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