Carlos Abicalil evita falar em punição

O presidente estadual do PT e candidato ao Senado, Carlos Abicalil (PT), afirmou ontem que a Executiva Estadual petista não deverá punir o vereador Lúdio Cabral (PT), já que ele teria revisto seu posicionamento de apoiar a candidatura do ex-procurador da República Pedro Taques (PDT) ao Senado. “Ele [Lúdio] já se retratou durante reunião com a direção do partido dizendo que sua posição era anterior à convenção estadual do PT”, disse Abicalil.

O parlamentar defendeu ainda que o partido é democrático e permite que seus membros exponham suas ideias. Entretanto, frisou que a deliberação aprovada na convenção estadual deve ser seguida pelos membros da direção.

Ao contrário da aparente maioria dos petistas de Mato Grosso, Lúdio afirmou, há uma semana, que não votaria no pré-candidato ao Senado, o ex-governador Blairo Maggi. “Sei que posso ser repreendido no partido. Mas essa é uma posição pessoal. Meu voto de consciência e de coração para o Senado é do Pedro Taques”, disse.

A declaração de Lúdio criou um mal estar na legenda petista que oficializou apoio à candidatura de Silval Barbosa (PMDB) ao governo e Blairo Maggi (PR) ao Senado. Por outro lado, Taques faz parte da aliança que lançou Mauro Mendes (PSB) na disputa ao governo e Percival Muniz (PPS) para a segunda vaga ao Senado.

O vereador pela Capital também teceu uma série de críticas ao “grupo” de Carlos Abicalil, a quem confirmou que dará seu voto em cumprimento da diretriz partidária. “Pessoas como Ságuas, que entrou na Seduc, e Alexandre César, que pôde exercer mandato de deputado três anos, não reconhecem a importância de Serys neste processo”, reclamou o vereador que se posicionou favorável ao grupo da senadora Serys Slhessarenko (PT). Cabral não foi encontrado para comentar sobre sua “mudança de posicionamento”.