Para o ministro da Educação, que fez críticas ao governo FHC, melhora do índice foi consistente nos último quatro anos
Haddad promete "patamar razoável" em uma década
"Estamos cumprindo o previsto, distantes da nossa meta final, mas com uma trajetória consistente já pelo quarto ano consecutivo", continuou. Na avaliação do ministro, quando um país se propõe, como no caso do Brasil, a fixar metas de qualidade de educação, trata-se de "algo para celebrar". "Quando cumpre, melhor ainda, mas a distância que nos separa de um sistema educacional desenvolvido ainda requer as cautelas devidas."
Haddad alfinetou o governo Fernando Henrique Cardoso, comentando que em 2001 o País vivia uma "recessão educacional". "Vínhamos de um período de recessão educacional, de queda no desempenho, e o pior momento dessa queda se deu nos anos iniciais, em 2001." Naquele ano, disse, o País enfrentou o pior momento da proficiência nas áreas de matemática e língua portuguesa. "O fantasma da queda da qualidade que nos assombrou até o começo dos anos 2000 está ficando para trás."
O ministro observou que, nos anos iniciais do ensino fundamental, a média brasileira está 1,4 abaixo da verificada nos países ricos (6). Nos anos finais, a diferença seria de 2 pontos; no ensino médio, de 2,4 pontos.
Segundo Haddad, os próximos números do Ideb devem indicar melhoras significativas no ensino médio. "A força do início do processo é maior nos primeiros anos", disse. No ensino médio, o movimento seria o contrário: um começo modesto seguido por um crescimento causado pelo esforço da etapa anterior.
"O 0,8 dos anos iniciais (aumento do Ideb entre 2005 e 2009), oxalá se repita, mas a teoria pelo menos prevê que perde um pouco de ímpeto nos próximos quatro anos, mas em compensação ganha ímpeto o movimento de melhora nos anos finais e no ensino médio." Questionado se alguma região havia se destacado, respondeu que "quando o Brasil melhora, é porque a maioria dos entes federados melhorou."
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