O estudo, que foi realizado em 38 países, sendo seis latino-americanos (o Brasil não está entre eles), deve ser publicado em setembro.
Entretanto, o governo paraguaio divulgou nesta semana dados preliminares sobre o país e defendeu que seja feita uma reforma curricular para mudar a maneira como determinados tópicos estão sendo abordados nas escolas.
Ao divulgar os dados, o ministro da Educação do Paraguai, Luis Alberto Riart Montaner, disse que é "preciso rever" o currículo escolar para "corrigir falhas" que poderiam estar levando os alunos a estas interpretações.
Surpresa
"A pergunta foi se as ditaduras se justificam quando trazem ordem e segurança. E 70% responderam totalmente de acordo ou de acordo", disse à BBC Brasil Mirna Vera, diretora-geral de Planejamento do Ministério da Educação do Paraguai.
"Os resultados nos surpreenderam", disse Vera. "Evidentemente, estamos ensinando os conceitos, mas é preciso uma revisão curricular da maneira como alguns assuntos estão sendo abordados no interior das escolas", afirmou.
O Paraguai viveu mais de três décadas de um regime autoritário comandado por Alfredo Stroessner, afastado do poder em 1989 em um golpe de Estado.
Para a pesquisa, foram entrevistados 3.399 alunos de 149 instituições de ensino no Paraguai.
Segundo o governo do país, 87% dos estudantes do sexo masculino pesquisados também responderam que as mulheres deveriam "dar prioridade à educação dos filhos, caso haja pouca disponibilidade de trabalho", deixando mais empregos para os homens.
Entre as estudantes do sexo feminino, 85% disseram concordar com a afirmação.
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