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Agronegócios
Segunda - 12 de Agosto de 2013 às 18:27

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“Aqui em Irecê, 98% dos agricultores atendidos pelo Plano Brasil Sem Miséria deram muito certo. Todo mundo está com sua atividade produtiva”, conta a extensionista Abnair Dourado. Segundo ela, a atividade predominante são os criatórios de ovelhas e galinhas caipiras, por serem os de mais fácil adaptação na região e pela vocação dos agricultores.


A agricultura Iara Guedes Fernandes, por exemplo, tem os dois tipos de criatório e, também, cultiva hortaliças. “Antes do Brasil Sem Miséria, a família dela comprava para revender, o lucro era muito baixo. Depois do plano, ela comprou uma casinha em um terreno maior e começou sua horta de orgânicos”, conta Abnair. No município de Irecê, na Bahia, 3.680 famílias foram atendidas na primeira chamada pública do Plano.

O resultado da chamada foi divulgado em junho de 2011, com os nomes das entidades de assistência técnica e extensão rural que trabalhariam junto a 10 mil brasileiros em extrema pobreza (que vivem com até R$ 70,00 por dia). No mesmo ano, os extensionistas rurais começaram sua ação para a inclusão produtiva dessas famílias. Abnair está entre as extensionistas que saíram a campo. Ela atende 80 famílias.

Iara é uma das agricultoras atendidas por Abnair. Recebeu o valor do fomento e assistência técnica e extensão rural para produzir alimentos para a própria família e, em poucos meses, passou a vender o excedente da produção. “Quase toda semana, Abnair está aqui me orientando em tudo, sobre como cuidar dos bichos, das verduras”, diz Iara Guedes, agricultora que atualmente planta alface, rúcula, couve, coentro, cebolinha, além de criar galinhas e ovelhas. “Nossa verdura é orgânica, vendo nas feiras, é o que mais está dando lucro”, relata Iara.

Orientação
Extensionista há 30 anos, Abnair faz a assistência técnica e extensão rural pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). Para o atendimento ao público do Brasil Sem Miséria, ela fez o diagnóstico socioeconômico das famílias, participou de reunião com agricultores e da elaboração do projeto produtivo, além de visitar as unidades familiares para a implantação e acompanhamento dos projetos.

A principal orientação para os agricultores do BSM, segundo Abnair, está ligada ao aperfeiçoamento dos produtos, para que tenham qualidade. Ela também os orienta na comercialização – para feiras, hospitais, escolas, comunidade. “O que estamos demonstrando é que com conhecimento e tecnologia, é possível trazer para a rota de produção um conjunto muito grande de agricultores”, observa o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Argileu Martins da Silva.

Inclusão produtiva
O Plano Brasil Sem Miséria promove a estruturação da capacidade de produção da agricultura familiar por meio de uma assistência técnica diferenciada e fomento para geração de renda.

As chamadas públicas destinadas à prestação de serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para famílias de agricultores e agricultoras familiares em situação de pobreza extrema são desenvolvidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar. 





Fonte: MDA

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