O apetite da economia brasileira é tanto que até o Banco Central teve que rever suas projeções. Em relatório divulgado nesta quarta-feira, o BC aumentou a previsão de crescimento do PIB para este ano de 5,8% para 7,3%.
Se a estimativa for confirmada, será o maior avanço da economia brasileira desde 1986.
Entre as explicações para esse possível aumento no PIB estão o consumo das famílias, que continua aquecido, o emprego e a renda em alta e ainda o acesso fácil ao crédito para o consumidor.
"Crescer é sempre muito bom, o problema é que o ritmo de crescimento atual é exagerado em relação a capacidade do país, o país não pode, não tem condições, não tem mão-de-obra, portos, estradas para crescer no ritmo atual. A consequência disso é o aumento da inflação", explica o economista, Roberto Padovani.
A inflação também foi revisada para cima, deve fechar o ano em 5,4%, acima do centro da meta que é 4,5%.
Para o economista, Ilan Goldfarjn, que já foi responsável por fazer esse mesmo relatório do Banco Central, a alta taxa de crescimento mostra que o país se recuperou muito bem da crise, mas precisa controlar os preços.
"Essa inflação é um problema e é bom não ter uma inflação alta, porque a renda do trabalhador depende da inflação ser baixa", conclui.
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