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Quarta - 30 de Junho de 2010 às 17:34
Por: Ronaldo Couto

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Pela primeira vez, o prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias, falou sobre a suspensão da reforma do aeroporto de Barra, obra que está sendo administrada pela prefeitura através de um convênio assinado com o governo do estado. Farias aproveitou a presença do governador Silval Barbosa na cidade para justificar que suspendeu os pagamentos da TCO empreiteira de Cuiabá, do empresário Cláudio Naia, alegando que o serviço está mal feito, conforme laudo da Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra).

O governador Silval parabenizou a atitude do prefeito dizendo que é compromisso de qualquer prefeitura que assine um convênio com o estado fiscalizar e, se for o caso, suspender pagamento quando a obra não é bem feita. “Eu quero que a Sinfra apure junto à empreiteira para saber o que houve e exigir que a obra seja refeita” mencionou Silval.

O convênio de R$ 468 mil foi assinado em agosto de 2009, quando Silval ainda era vice, e a execução começou em abril. Todavia o uso de areia lavada em meio à lama asfáltica comprometeu a qualidade da obra. Os técnicos alegam que pedras e britas estavam ficando à mostra na pista, podendo ser sugadas por turbinas de jatinhos e causar acidentes na aterrissagem de aeronaves.

O republicano fez questão de frisar que a prefeitura não teve participação na definição da empreiteira para executar a obra, atribuindo toda responsabilidade à Sinfra. A suspensão da reforma do aeroporto, sem explicação no início por parte da prefeitura, gerou especulação na oposição. Na Câmara Municipal, a bancada do prefeito não aceitou requerimentos sobre a obra.

A oposição, através do vereador Odorico Kiko (PT), pediu investigação do Ministério Público, cuja solicitação foi negada pelo promotor Wesley Sanches Lacerda, o qual alegou que o assunto era de “divergência política” do vereador contra o prefeito e a presidente da Câmara, Antônia Jacob. Kiko não aceitou a resposta dizendo que o papel do MP é apurar o fato, não importa quem esteja denunciando.

A situação pode piorar devido à demora em recuperar a pista, pois existe um risco de interdição do aeroporto. O Grupo Especial de Inspeção ao Vôo (Geiv) da Infraero reprovou também o recapeamento numa vistoria realizada no dia 26/04 e nem pousou semana passada na pista, aumentando o risco de interdição.






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