Estudo analisou procedimento em que óvulos são "vitrificados"
Chance de engravidar com óvulos congelados é de 41%
A pesquisa, realizada pelo Instituto Valenciano de Infertilidade, ligado à Universidade de Valência, na Espanha, analisou dados de óvulos congelados por um método relativamente recente chamado vitrificação, em que essas células são congeladas rapidamente, para evitar a formação de gelo dentro do óvulo, que pode destruí-lo. As informações foram comparadas com óvulos que não passaram por congelamento e foram usados na fertilização pouco tempo após a coleta.
Entre os 600 óvulos analisados, o índice de gestações bem-sucedidas foi de 43,7% para os vitrificados e 41,7% para os frescos. Ana Cobo, pesquisadora responsável pelo estudo, diz que os resultados podem ajudar em casos como o de mulheres que precisam passar por tratamento contra o câncer, que pode causar infertilidade, e precisam preservar seus óvulos para uma futura gravidez.
– Apesar de já haver várias evidências de que esse método da vitrificação produz resultados tão bons quanto o uso de óvulos não congelados, até essa pesquisa havia falta de grandes estudos aleatórios sobre o assunto.
Antes da fertilização in vitro, que é a transferência de embriões fertilizados em laboratório para o útero, a mulher passa por um processo de estimulação dos ovários, para produzir um bom número de óvulos, que são guardados. Essas células, então, precisam ser fertilizados com o esperma de um doador e os melhores embriões produzidos são colocados no útero da futura mãe.
Quando se usa óvulos não congelados, é fundamental haver um sincronismo nesses procedimentos, o que nem sempre é possível. Com o congelamento, é possível minimizar isso, já que os óvulos são preservados durante um certo tempo.
Agora, os médicos vão analisar o desenvolvimento dos bebês nascidos após gestações provocadas por esse tipo de técnica, com o objetivo de garantir que não haja efeitos colaterais para essas crianças.
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