O PSDB já está ensaiando um discurso para tirar o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) da vice na chapa do tucano José Serra sem causar estragos à imagem do parlamentar.
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou hoje, antes de embarcar para Pernambuco, que conversou com Serra durante a madrugada e que o candidato teria sustentado a defesa de Dias no posto, mas que iria ouvir as ponderações dos aliados.
Uma crise eclodiu entre DEM e PSDB depois que os tucanos escolheram Dias para
a vaga, em detrimento de um democrata.
Guerra disse que um pouco mais tarde seu telefone tocou, ele não atendeu, mas poderia ser Serra novamente.
"Não tenho a menor dúvida que Álvaro Dias é o melhor candidato, até dias atrás tínhamos o Aécio [Neves], que era um nome forte, porque seria uma chapa com dois presidenciáveis. Álvaro é bom pela sua capacidade de comunicação. De todos os citados, ele se destaca, é um grande líder de oposição do Brasil", disse o presidente do PSDB.
Guerra também falou sobre o lançamento de Osmar Dias (PDT) ao governo do Paraná, dando palanque no Estado à candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT). Ele fez críticas a Osmar, que é irmão de Álvaro.
Osmar desistiria da disputa ao governo deixando Dilma sem palanque no Estado caso o irmão fosse o vice de Serra. "A decisão interfere. Tinha uma estratégia que foi combinada por Osmar Dias, que inúmeras vezes garantiu que seria candidato o Senado na chapa de Beto Richa."
Guerra destacou que a questão da vice é um "pequeno acidente de percurso", mas que na reunião de ontem, a aliança com o DEM ficou garantida.
Álvaro Dias, por sua vez, disse que não está preocupado com o desgaste de sua imagem. Para ele, o "importante é evitar desgastes para Serra, em razão de divergências internas, porque o nosso confronto deve ser com a candidata do governo", Dilma Rousseff (PT). "Se eu não for o vice, não restará ressentimento."
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