Tal fotografia registrada pela Pesquisa Industrial Anual, do IBGE, mudou, entretanto, radicalmente no último trimestre de 2008 e especialmente em 2009, quando a crise global se abateu sobre o setor industrial e afetou especialmente as exportações brasileiras de commodities, segundo Flávio Maghelli, coordenador de indústria do IBGE.
Para Meghelli, o bom desempenho de 2008 --quando o valor da transformação industrial subiu, em termos nominais, 20,3%%-- ficou concentrado nos três primeiros trimestre, período no qual tanto o país como o mundo registravam altas taxas de crescimento econômico.
O coordenador disse que em 2009 a pesquisa mostrará um outro cenário: a contração recorde da indústria provocada pela crise. "Basta lembrar que as manchetes no final de 2008 e no começo de 2009 apontavam para a maior queda da indústria em 30 anos."
A pesquisa revelou ainda quais os setores com mais peso na indústria: refino de petróleo e biocombustíveis (16,5%), fabricação de produtos alimentícios (12,3%), fabricação de veículos e peças (10%), metalurgia (8,1%) e produtos químicos (7,3%).
Os dados revelam ainda que os principais produtos industriais, em valor de vendas, eram óleo diesel, minério de ferro, automóveis (até de 1.500 a 3.000 cilindradas), petróleo bruto e automóveis (até 1.000 cilindradas).
Segundo o IBGE, as vendas de produtos da indústria se concentram nos seguintes Estados: São Paulo (40,1%), Minas Gerais (11,2%), Rio Grande do Sul (8,3%), Paraná (7,7%) e Rio de Janeiro (7,1%). Juntos, somam 74,4% do total.
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