Chapão PMDB-PR-PT pode eleger 13
Os candidatos do chapão formado pelo PMDB, PR e PT projetam eleger entre 10 e 13 deputados estaduais. Eles fazem a estimativa com base no resultado das urnas de 2006, quando o então PFL (hoje DEM) se juntou com o PPS do então governador Blairo Maggi e garantiu 10 vagas na Assembleia. Assegurar uma vaga por essa tríplice-aliança não será tarefa fácil. Diante de um quociente eleitoral de aproxidamente 68 mil votos, só terá condições de entrar na relação de eleitos e/ou reeleitos aquele que, individualmente, superar os mais de 20 mil votos.
As bancadas peemedebistas, republicanas e petistas contam hoje com 12 deputados. Como o chapão é o mais forte e integra o poderio da máquina do governo Silval Barbosa (PMDB), que busca a reeleição, acredita-se que consiga eleger maior número de parlamentares de todas as coligações.
A direção do PMDB, sob Carlos Bezerra, está priorizando a candidatura da ex-deputada federal Teté Bezerra. Nos bastidores, seu nome já está incluído na lista de possíveis eleitos. Entre os mais cotados estão também o deputado Wallace Guimarães (ex-DEM), os deputados Adalto de Freitas, o Daltinho, e Nilson Santos e o ex-secretário de Estado de Esporte e Lazer Baiano Filho (ex-PR). No PT, as maiores referências eleitorais são o deputado Ademir Brunetto, de Alta Floresta (Nortão) e os suplentes Alexandre Cesar e Verinha Araújo, ambos de Cuiabá.
Já no PR, a briga por vagas fica acirrada entre os seus próprios deputados. O que deve despontar em votação, conforme mostram hoje as pesquisas internas, é o deputado de segundo mandato e apresentador de TV Sérgio Ricardo. Ele pontua bem nas intenções de voto não apenas na Baixada Cuiabana, como também em outras regiões onde até então era desconhecido. O principal canal, que virou palanque eletrônico e que o leva aos eleitores é o programa de TV apresentado pelo deputado diariamente na TV Cidade (Band), com presença em praticamente todos os 141 municípios mato-grossenses.
Os outros deputados republicanos também estão no páreo. Sebastião Rezende é empurrado pela estrutura, fieis e eleitores da Assembleia de Deus; Mauro Savi detem apoio logístico e capitaliza por ser líder do governo na Assembleia; João Malheiros explora o voto da Cuiabania, enquanto Jota Barreto, pela reeleição, virou desportista e torcedor fanático, ao ponto de ter tirado o tradicional bigode para cumprir promessa com a conquista do primeiro título estadual do União de Rondonópolis, após três décadas de fundação. Ainda no PR correm por fora o ex-deputado Emanuel Pinheiro, o vereador cuiabano Francisco Vuolo e o ex-prefeito de Itiquira Ondanir Bortolini, o Nininho.
Esta será a primeira vez que o PR lança candidatos. É que o partido foi instituído em 2007, com a fusão do PL com o Prona. Em Mato Grosso, já nasceu grande graças ao poder da máquina estatal de Blairo Maggi, que, após conquistar dois mandatos pelo PPS, migrou para o novo partido. Levou com ele seis deputados, dezenas de prefeitos e vereadores, além de dois deputados federais: Wellington Fagundes e Homero Pereira. Essa debandada acabou por esfacelar o PPS, que ficou com apenas uma cadeira na Assembleia e é ocupada por Percival Muniz.
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