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Policia MT
Quarta - 30 de Junho de 2010 às 08:45
Por: Joanice de Deus

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PEDRO ALVES/DC
Roberto Almeida falou pouco à imprensa, mas disse que irmão e Liciane já haviam rompido relação
O delegado Antônio Esperândio, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou ontem que as armas que foram usadas pelo ginecologista Afrânio Maia Almeida, 33 anos, que teria matado a filha e se matado na semana passada, pertencem à família do médico. A informação foi dada ontem após depoimento do irmão de Afrânio, o dentista Roberto Maia Almeida. O testemunho durou cerca de três horas.

De acordo com a polícia, Afrânio se matou após assassinar a filha Maria Clara Maia, aos 6 anos, e atirar na fisioterapeuta Liciane Conceição Ferassoni, 28.

A tragédia aconteceu na madrugada da última quinta-feira, no Residencial Villas Boas, em Cuiabá. No local, foram apreendidas duas armas: um revólver e uma pistola.

Sem entrar em detalhes, Esperândio garantiu que o testemunho de Roberto Maia contribuiu para as investigações. O delegado evitou ainda comentar sobre o fato de a família do médico não acreditar que Afrânio tenha assassinado a própria filha e, depois, se suicidado. Os familiares argumentam que Maria Clara “era tudo” para o médico.

Afrânio foi encontrado caído próximo do corpo de Maria Clara, que estava na cama. Porém, o projétil da bala que atingiu a cabeça da criança transfixou (atravessou), mas não foi localizado próximo do colchão.

Ao sair da delegacia, Roberto Maia também praticamente não falou com a imprensa. Apenas reforçou que o irmão e Liciane não estavam mais juntos.

Porém, entre as próprias famílias do médico e da fisioterapeuta há informações de que o casal não estava separado, embora nunca tenha morado na mesma casa. Para a polícia é importante que essas informações contraditórias sejam esclarecidas.

Além de terem sido vistos em uma festa junina, há relato de amigos do casal de que, no dia 12 de junho, Dia dos Namorados, os dois trocaram juras de amor no Sesc Arsenal e planejavam férias juntos para o próximo mês de julho.

“Era um vai e volta”, resumiu Esperândio. Afrânio sempre morou com a mãe, no bairro Araés. Já a fisioterapeuta morava com a filha, no condomínio.

Embora tenha 30 dias para fechar o inquérito, o delegado espera ouvir nos próximos três dias todas as pessoas chamadas (em torno de oito) para prestar depoimentos.

A prioridade no caso é o depoimento da fisioterapeuta. Mas, o delegado pretendia ouvir novamente Wilker Patrick Melo, de 23 anos, que estava na residência na hora do crime. Este novo interrogatório aconteceria ainda ontem.

Em depoimento à polícia, ele afirmou que estava tendo um relacionamento há quatro meses com a estudante e que Afrânio e Liciane estavam separados há mais de um ano. Além disso, Wilker teria dito a amigos que ficou atrás de Liciane no momento dos tiros e teve que se fingir de morto.





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