Partidos que integram a chamada “terceira via” definem hoje caminhos para eleição deste ano; clima deve ser tenso em dois deles – PPS e PDT
Convenções esquentam corrida eleitoral em MT

Depois de um período de instabilidade, PSB, PPS, PDT e PV, partidos que formam o Movimento Mato Grosso Muito Mais, realizam hoje, em quatro atos simultâneos, a partir das 13h na Capital, as convenções das legendas para homologação da candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB).

O ato deve consolidar também o nome do deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT) para a vice de Mauro. O ex-procurador da República Pedro Taques (PDT) e o deputado Percival Muniz são os nomes para a disputa ao Senado.

Entretanto, as convenções do PDT e do PPS poderão se tornar palco de debates acirrados, já que existe resistência interna para oficializar o apoio ao nome do empresário. Ao lado de Percival, de Pivetta, de Taques e do presidente regional do PV, Roberto Stopa, Mauro endossa a campanha do bloco pautada na “via alternativa”. Eles elaboram planos para vencer o embate eleitoral ainda no primeiro turno. Segundo o candidato ao governo, o grupo entra para uma campanha com a certeza de que existem grandes chances de vitória.

Os atos serão realizados em locais diferentes, numa ação que unirá, após às 18h, os representantes do bloco na convenção do PSB, no Ginásio Dom Aquino, para selar o aval para a liderança de chapa de Mauro. O PPS realiza a convenção no auditório da Assembleia Legislativa. O PDT optou pelo auditório do Colégio Liceu Cuiabano e o PV consolida o ato em espaço no Palácio da Instrução. Mauro participa brevemente dos eventos, antes de se dirigir para a convenção do PSB.

O presidente regional do PSB, Valtenir Pereira, que chegou a resistir à continuidade do projeto do partido, participa dos eventos. Mauro admite que chegou a reavaliar os planos devido às dificuldades postas no caminho do movimento. Na tarde de ontem, o líder de majoritária demonstrou confiança sobre as possibilidades de assegurar vitória sobre os adversários, governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos. Ele também deu uma pequena dica do que promete nortear seu discurso de campanha, ao criticar os governos estadual, sob o comando de Silval, e municipal, sob a gestão de Chico Galindo – que é presidente regional do PTB, sigla aliada ao projeto tucano.

“O desafio é enfrentar as duas máquinas, do Palácio Paiaguás e do Palácio Alencastro. Mas máquina não ajuda muito porque quem de fato toma a decisão é o povo”, disparou.

Para o presidente estadual do PPS, Percival Muniz, a identificação de Mauro com a população assegura ao candidato a possibilidade de vencer ainda no primeiro turno. “O Mauro já é líder nos principais centros do Estados. Agora é preciso trabalhar o interior e terá, sim, a chance de vencer no primeiro turno”, afirmou.

Presidente regional do PDT, Otaviano Pivetta destacou a importância de a candidatura de Mauro servir como uma via alternativa. “É preciso colocar uma candidatura para que as pessoas tenham possibilidade de escolha. Os dois candidatos, Wilson e o Silval, são iguais. A sociedade precisa ter o direito de escolha de um representante que pode ser o diferencial”, afirmou Pivetta.