Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Quarta - 30 de Junho de 2010 às 03:07
Por: Renê Dióz

    Imprimir


No Estado, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Rondonópolis. No MS, um vai preso
No Estado, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Rondonópolis. No MS, um vai preso

A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão ontem em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá) pela Operação Formatura, que desmantelou um esquema de empresas de educação à distância que vendiam diplomas falsos de formação fundamental e média. Enquanto um dos responsáveis pelo esquema era preso em Campo Grande (MS), uma casa e uma empresa foram alvos de busca e apreensão em Rondonópolis. Não houve presos em Mato Grosso.

As investigações foram conduzidas pela PF na capital sul-mato-grossense desde 2008, quando uma denúncia via internet apontou que estudantes em busca de formação em níveis fundamental e médio tinham seus diplomas expedidos por empresas como a Paulistec, no centro de Campo Grande, e que já havia sido fechada pela PF recentemente.

O fechamento do estabelecimento ganhou destaque nacional, o dono foi indiciado e teve o patrimônio de R$ 1,8 milhão bloqueado pela Justiça. A operação de ontem foi uma continuidade das investigações, com o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão nos estados em que o esquema se estendia.

Os dois mandados em Rondonópolis foram os únicos que a Justiça decretou para Mato Grosso. Em Mato Grosso do Sul, foram 25, sendo que o cumprimento de um deles em Campo Grande acabou acarretando também na prisão da pessoa dona da casa-alvo da PF. Trata-se de um funcionário do Instituto de Desenvolvimento, Estudo e Formação de Mão de Obra de Mato Grosso do Sul (Idefor), órgão estadual.

A identidade dele não foi divulgada, mas o que se sabe é que o funcionário estava envolvido no esquema e, por isso, expediu-se mandado de busca e apreensão de materiais em sua casa para perícia. A prisão em flagrante ocorreu porque o local continha pedras preciosas e semi-preciosas sem documentação de procedência.

No geral, as apreensões foram de computadores, HDs, certificados, cópias de documentos pessoais e históricos escolares. Todo material recolhido durante a operação será encaminhado para o Setor de Perícias Criminais da Polícia Federal em Campo Grande.

Além de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o esquema se estendia a estados como São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Os estudantes sequer compareciam a aulas presenciais – exigidas pelo Ministério da Educação – e suas provas eram aplicadas já preenchidas.

Cerca de 1.200 pessoas devem ter sido prejudicadas pelo esquema. Cobrava-se de R$ 500 a R$ 700 por certificado, cuja expedição é enquadrada como falsidade ideológica.

REINCIDÊNCIA – Esta não foi a primeira vez que Mato Grosso teve alvos da Polícia Federal por envolvimento no esquema criminoso da venda de diplomas falsos. Em março de 2008 um homem foi preso em Tangará da Serra, também pela PF, acusado de falsificar e vender diplomas de cursos de nível superior e de ensino médio em diversos estados brasileiros, pela internet. Thiago Francisco Vieira Pereira teve a prisão preventiva decretada sob a acusação de estelionato e falsificação de documentos. Ele teria vendido, em sete meses, 34 diplomas irregulares usando o nome de instituições particulares e públicas. (Com assessoria)






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/125339/visualizar/