Ministério de Combate à Corrupção Eleitoral também lerá o caso ao CNJ
MP investigará caso do milionário morto que compareceu a audiência
O juiz do caso do milionário morto é denunciado ao Conselho Nacional de Justiça. O Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral - MCCE vê indícios de irregularidades na tramitação da ação.
O MCCE decidiu encaminhar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedido de investigação contra o juiz da Terceira Vara Cível de Várzea Grande, Marcos Martins de Siqueira. O advogado da entidade disse que a tramitação da ação que resultou na liberaçãop de R$ 8 milhões das contas de Olympio José Alves foi muito rápida.
O advogado analisou os dados sobre o processo na página do Tribunal de Justiça. Segundo ele, no dia primeiro de dezembro de 2009 a empresa Rio Pardo Agroflorestal entrou com ação de cobrança da dívida no Fórum de Várzea Grande. No dia 11 de janeiro deste ano a ação chegou às mãos do juiz. Um dia depois, o magistrado determinou o bloqueio do dinheiro.
Em 26 de janeiro, aconteceu a audiência na qual foi atestada a presença de Olympio José Alves que já estava morto. Foi nessa audiência que o milionário reconheceu a dívida de R$ 8 milhões com a Rio Pardo Agroflorestal. E no dia 11 de fevereiro, o dinheiro foi liberado para a empresa.
O juiz Marcos Martins - que não quis dar entrevista - disse que a ação teve tramitação rápida porque o devedor não questionou o débito. Mas para a OAB houve uma armação entre os advogados. Uma sindicância foi aberta pela Corregedoria de Justiça.
O Ministério Público entrou no caso. O procurador Hélio Fausti acompanha as investigfações da Corregedoria Geral da Justiça. E se houver indícios de crime poderá pedir a abertura de inquérito contra o juiz e servidores do judiciário.
Quem viu a necessidade do Ministério Público acompanhar o escândalo foi o procurador geral de justiça, Marcelo Ferra.
Comentários