Embrapa e Novozymes buscam enzimas e microrganismos para agroenergia
A Embrapa e a Novozymes discutiram, na manhã de hoje, 29.06, diversos temas para efetivar parcerias de modo a executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação em agroenergia. Foram discutidas várias possibilidades de atuação conjunta das empresas, realizando projetos de exploração de novas fontes de enzimas e de microrganismos e identificando aplicações em diferentes aspectos da produção de alimentos, fibras e biocombustíveis.
A reunião ocorreu na Embrapa Agroenergia e, por parte dessa Unidade, estiveram presentes o Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Esdras Sundfeld, o Chefe de Comunicação e Negócios, José Manuel Cabral e uma equipe de pesquisadores que trabalham em diferentes aspectos da produção de etanol e de biodiesel. Por parte da Novozymes, participaram o Presidente Regional para América Latina, Pedro Luiz Fernandes, e Henrik Bisgaard-Frentzen e Tomas Sorensen, respectivamente Diretor Geral e Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da corporação mundial.
Em relação aos biocombustíveis, Esdras Sundfeld ressaltou que a Embrapa trabalha em toda a cadeia de investigação, desde aspectos da genômica e proteômica das matérias-primas e microrganismos, até aos processos de produção de etanol e biodiesel e de agregação de valor aos coprodutos e resíduos. “Como a Novozymes tem vários interesses, a parceria proposta poderá se beneficiar da diversidade de Centros de Pesquisa da Embrapa, em que muitas facilidades de trabalhos em laboratórios e em campos experimentais já estão instalados”, observou.
Os próximos passos para a cooperação entre as empresas será a definição, por parte da Novozymes de alguns assuntos prioritários para cooperação. A partir daí, serão realizadas reuniões técnicas entre as equipes de pesquisa das empresas, para definir projetos conjuntos, que poderão ser realizados no Brasil ou em outros países, dependendo da disponibilidade de infraestrutura e pessoal qualificado.
Em termos globais, a Novozymes é a empresa líder no campo de enzimas industriais e microrganismos, com participação de 47% do mercado mundial. Tem cerca de 700 produtos, vendidos em 130 países para aplicações em laboratórios, nas indústrias de detergentes, têxteis, alimentos e rações. Com um total de 5.200 empregados, tem fábricas na Dinamarca, Estados Unidos, China e Brasil e em 2009 obteve um volume de vendas de US $ 1,5 bilhão. No Brasil, a sede da empresa, os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento e as instalações industriais estão situados no Distrito Industrial de Araucária, no Paraná, empregando 180 funcionários.
De acordo com Pedro Fernandes, a base para todas as pesquisas da empresa é o estudo de processos biológicos. “O uso de microrganismos e enzimas se tornará mais e mais difundido com o aumento da consciência global da necessidade de preservação dos recursos naturais e respeito por nosso meio ambiente”, destacou o Presidente Regional da Novozymes durante a reunião.
Comentários