O Brasil terá US$ 735 bilhões em investimentos na indústria, em infraestrutura e na construção civil até 2013, afirmou nesta terça-feira o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, citando levantamento do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

Destes, de acordo com ele, US$ 477 bilhões seriam aplicados em infraestrutura e US$ 258 bilhões em construção civil --sendo US$ 158 bilhões em moradias e US$ 100 bilhões em obras para Copa 2016 e os jogos olímpicos de 2016.

Além disso, Jorge afirmou que, de acordo com a Petrobras, o desenvolvimento da industria nacional para atender à exploração do pré-sal demandará investimentos da ordem de US$ 400 bilhões em compras de bens e serviços até 2020.

"Todos esses expressivos números indicam a confiança empresarial na economia brasileira num patamar inédito em nossa história", afirmou em discurso durante o seminário Brasil-Itália, organizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Ele citou entre os fatores que levaram à essa confiança a segurança jurídica e a estabilidade macroeconômica, política e institucional no país. "Superamos rapidamente a crise e já recuperamos a trajetória de crescimento sustentado."

De acordo com o ministro, o governo prevê crescimento entre 6% e 6,5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano. "Alguns economistas projetam números ainda maiores", disse. "Nos próximos anos, continuaremos crescendo de forma equilibrada."

Itália

O ministro citou que o comércio entre Brasil e Itália cresceu 162% entre 2002 e 2008, para US$ 9,37 bilhões, e afirmou que estes números podem aumentar ainda mais com a diversificação da pauta comercial entre os dois países.

"Para isso, é fundamental reduzir as barreiras tarifárias e não-tarifárias que ainda dificultam o desenvolvimento", afirmou. De acordo com ele, a continuidade das negociações para um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia é igualmente estratégica.

"Sabemos que a Itália é uma forte aliada para nos ajudar a concretizar bons resultados conjuntos", afirmou.

Negociadores dos dois blocos econômicos começariam nesta terça em Buenos Aires a primeira rodada de negociações para o acordo desde que decidiram retomar as conversas.