Jaime Muraro é condenado por corrupção
O ex-prefeito de Tangará da Serra, Jaime Muraro, foi condenado pela Justiça a seis anos e oito meses de prisão em regime semi-aberto por corrupção, além de multa. Ele foi acusado de favorecer uma empresa em processo licitatório para a construção da Vila Olímpica da cidade.
Também foram condenados por corrupção Ivanir Primom e Argeu Fogliato, sócios da empresa Acirel Engenharia e Construção, responsável pela construção da Vila olímpica. Os dois receberam a mesma pena que o ex-prefeito.
A decisão é do juiz da Vara Única Criminal da comarca, Jacob Sauer. Como a sentença é de primeiro grau, ainda cabe recurso.
Segundo o processo, a empresa teria vencido diversas licitações do município durante a gestão de Muraro. Uma perícia realizada por auditores estaduais constatou que o procedimento de licitação da obra não atendeu por completo as formalidades impostas em lei. Ainda assim, a Acirel Engenharia e Construção ganhou a licitação e recebeu o valor de R$ 605.653,60 pela obra, paga pela prefeitura.
Muraro teria sido beneficiado com R$ 25 mil, recebido dos sócios da empresa. O valor foi dividido em dois pagamentos. Essa quantia constou na contabilidade da empresa como “pagamento de gratificação nos custos da obra da Vila Olímpica”.
Em 11 de março de 1999, o então prefeito teria recebido R$ 12,5 mil, que na contabilidade da empresa constou como “pagamento de gratificação”. Já em 27 de abril de 2000 o ex-prefeito teria recebido R$ 10 mil por meio de um cheque emitido a terceira pessoa. O valor também contabilizado como “gratificação”.
Na sentença, o juiz salientou que a terceira pessoa, apontada como fornecedor de uma folha de cheque, não soube precisar as razões e as circunstâncias para ter emprestado uma folha de cheque. Para o juiz, as justificativas foram “vazias e mal engendradas”, não servindo como prova de defesa.
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