Familiares de Médico não aceitam tese de que ele teria assassinado filha e cometido suicídio

Revoltada com a morte do médico Afrânio Maia de Almeida, 33 anos, que se matou após assassinar a filha Maria Clara Maia, 6 anos, e atirar na ex-mulher Liciane Conceição Ferassoni, 28 anos, a família não aceita a tese de suicídio. “Como família não vemos nenhum motivo para ele (Afrânio) se matar e muito menos matar a Maria Clara”, afirmou Maria Fernanda Maia, prima do ginecologista, em entrevista ao Olhar Direto.

Maria Fernanda disse ainda que a família está se recuperando das perdas e deve começar a se inteirar das investigações a partir desta semana e que existem muitos motivos para crer que Afrânio não teria cometido o crime e se matado. “Tem muita coisa que não faz sentido, não vamos falar muito porque ainda vamos nos inteirar das investigações, mas vamos buscar a verdade, pois para nós suicídio está fora de cogitação”.

A tragédia aconteceu na manhã de quinta-feira (24) na casa onde Liciane morava com a filha, no Condomínio Vilas Boas, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. De acordo com informações da assessoria do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá a ex-mulher levou um tiro de raspão próximo à região do abdômen e teve alta no mesmo dia, quando seguiu para o velório da filha.

Inicialmente a informação era de que o crime teria sido motivado por ciúmes. Segundo o delegado Antônio Esperândio, conforme relato de algumas pessoas o médico não aceitou a separação e, durante a madrugada, entrou na casa de Liciane e a encontrou com o namorado no quarto. Porém, a prima do médico descartou a tese de ciúmes, já que Liciane e Afrânio estavam separados há quase um ano.

O namorado de Liciane, Wilker Fernandes de Melo, também estava na casa e já prestou depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Devido ao ponto facultativo, não foi possível falar com o delegado que acompanha o caso.