Foram avaliados 22 idosos com idade média de 65 anos e com índice de massa corporal maior do que 30 -que já indica obesidade.
No início da pesquisa, eles realizaram testes específicos para avaliar diferentes domínios da memória, como uso das palavras, capacidade de seguir orientações para realizar tarefas e memória de curta duração (como lembrar-se de palavras e figuras vistas pouco tempo antes).
Durante seis meses, esses idosos tiveram acompanhamento nutricional e realizaram atividades físicas. Depois desse período, repetiram os testes de memória.
Aqueles que perderam mais peso (ao menos 5% do inicial) apresentaram melhoras mais significativas no resultado das provas.
A perda de massa gorda pode reduzir a resistência à insulina, quadro frequentemente associado à obesidade que leva ao diabetes.
"A resistência à insulina também pode atingir os neurônios. Sabe-se que esse hormônio é um facilitador do funcionamento das células cerebrais", explica o neurologista Ricardo Nitrini, da Faculdade de Medicina da USP.
Para a geriatra Nídia Horie, uma das pesquisadoras, outra explicação é a redução da resistência à ação da leptina que ocorre com a perda de peso. Obesos apresentam resistência a esse hormônio com frequência.
"A leptina, além de ajudar a regular o apetite, facilita processos no cérebro relacionados à memória e à aprendizagem", afirma Horie.
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