Polícia Civil incinera 190 Kg de entorpecentes

A Polícia Civil incinerou ontem de manhã cerca de 190 quilos de entorpecentes, sendo 126 quilos de maconha e 64 quilos de pasta-base de cocaína. A grande queima ocorreu no Dia Internacional de Combate às Drogas. O entorpecente foi queimado no forno de uma empresa localizada no Distrito Industrial de Cuiabá.

Na quinta-feira, foram 149 quilos de cocaína incinerados em Cáceres. No Estado, são 520 quilos somente neste ano pela Polícia Civil. Na sexta-feira, a Polícia Federal incinerou outros de 240 quilos chegando a mais de 750 quilos de drogas destruídos nos dois dias.

Segundo a delegada Cleibe de Paula, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), nesse período foram presas 320 pessoas por tráfico de drogas somente na Grande Cuiabá. Na lista, 10 bolivianos, geralmente responsáveis por trazer os carregamentos. Embora os policiais tenham feito grandes apreensões, a maior parte dos traficantes foi presa com pequenas quantidades.

A delegada lembrou que uma das grandes apreensões ocorreu na avenida Fernando Corrêa, onde duas pessoas foram presas com cerca de 50 quilos de maconha num táxi. O carregamento de entorpecente seria levado para traficantes do bairro São João Del Rey e abastecer as bocas-de-fumo daquela região.

A delegada frisou que em duas operações - uma na região do CPA e outra no Pedra 90 -, com mais de um quilo de droga apreendida em cada uma, foram mais de 30 pessoas presas. “São prisões e apreensões advindas de investigação, pois uma informação que chega nos leva a outra, um verdadeiro emaranhado até chegarmos a um esquema maior”, destacou.

O diretor geral da Polícia Civil, Paulo Vilela, destacou que tanta droga apreendida representa um trabalho rigoroso das polícias na repressão à venda de drogas. “A droga aprendida é a materialidade da operação policial”.

Para o promotor criminal Marcos Fernandes, que atua na 9ª Vara Especializada de Delitos de Tóxico da Capital, as drogas estão por trás de cerca de 80% dos crimes praticados. Ele lembrou que é através das drogas que se tem o furto, o roubo e o latrocínio (roubo seguido de morte).

“Daí a necessidade de uma atuação firme e eficaz contra as drogas. E essa quantidade de drogas que está sendo incinerada é um exemplo disso”, explicou. O representante do Ministério Público Estadual participou da incineração junto com representantes da Anvisa, Secretária Estadual de Saúde, do Conem e outros órgãos ligados ao combate às drogas.