O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que se opõe a imposição de um tributo global para os bancos como propõem o Reino Unido e a França, e que defende que essa seja uma medida aplicada em nível individual pelos países.
Mantega representa o Brasil na reunião do G20, que começou hoje em Toronto, depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação devido às inundações no nordeste.
"Nós não estamos de acordo com isso", afirmou o ministro, em referência à proposta de aplicar um imposto global aos bancos e às transações financeiras para cobrir o custo do recente resgate e possíveis ajudas futuras do setor.
Ele lembrou que países como Grã- Bretanha e Estados Unidos já começaram a atuar nessa direção, mas precisou que "isso não quer dizer que todos os países tenham que fazer o mesmo".
O ministro explicou, nesse sentido, que a carga imposta aos bancos já é mais alta no Brasil que em outros países.
Apesar das diferenças existentes nessa frente entre os integrantes do G20, Mantega insistiu na necessidade de completar a reforma do sistema financeiro global ao impulsionar uma maior transparência e exigir maiores níveis de capital aos bancos.
Ele espera avanços amanhã na proposta de reforma que deve de ser aprovada na próxima reunião de chefes de Estado de novembro em Seul para que as medidas sejam implementadas de forma gradual até o ano de 2012.
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