O chefe do Tribunal Superior da capital peruana disse nesta sexta-feira que o julgamento do holandês acusado de assassinato, Joran van der Sloot, deve levar seis meses.
O juiz, Cesar Veja, disse a repórteres que as leis peruanas permitem que um julgamento de homicídio dure até seis meses.
Mas o especialista em leis, Mario Amoretti, disse que, na prática, os casos como o do holandês podem durar até 18 meses.
O advogado criminal peruano, Jose Balcazar, concorda e diz que a defesa provavelmente irá apresentar muitos recursos para atrasar o julgamento.
Caso
No início deste mês, autoridades peruanas anunciaram que o holandês de 23 anos teria confessado a autoria do assassinato da peruana Stephany Flores, ocorrido no dia 30 de maio, na capital peruana.
Van der Sloot teria afirmado que golpeou e quebrou o pescoço da jovem depois que ela achou informações sobre ele em seu laptop.
A acusação de assassinato teve como base imagens internas do hotel em que os dois estiveram naquele dia. Nas gravações, o holandês aparece ao lado de Flores, que foi encontrada morta alguns dias depois.
Van der Sloot ocupou o quarto até o dia 31 e, após o crime, fugiu para o Chile, onde foi detido e posteriormente extraditado para o Peru.
De acordo com a polícia, o assassinato se assemelha a outro crime pelo qual Van der Sloot também é acusado. Ele foi investigado pelo desaparecimento da norte-americana Natalee Holloway no dia 30 de maio de 2005, em Aruba.
Natalee Holloway, 18, de Mountain Brook, no Alabama, foi vista pela última vez deixando um bar com Van der Sloot, último dia de uma viagem escolar dela a Aruba.
Holloway desapareceu na mesma data em que Flores foi morta, com cinco anos de diferença. As duas eram estudantes e conheceram o holandês em cassinos.
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