Percentual diz respeito à quantidade de drogas interceptada pela polícia em 2009, a partir da fronteira com Bolívia. Parte dela foi incinerada ontem
Mato Grosso concentra 25% das apreensões de entorpecente
A quantidade de droga apreendida em Mato Grosso no ano passado representou cerca de 25% do total do país. Daí a necessidade de uma maior fiscalização na fronteira com a Bolívia, um dos principais fornecedores de cocaína que chega ao Brasil.
A informação é do superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, delegado Walmir Lemos de Oliveira que, ontem de manhã, acompanhou a incineração de cerca de 2,2 toneladas de entorpecentes apreendidos pela Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos últimos anos em Mato Grosso. Desse total, são cerca de 1,8 tonelada de cocaína.
Segundo o superintendente, além de reforçar as investigações por terra e ar, é preciso voltar o trabalho também para a navegação fluvial, que passou a ser usada por traficantes para driblar a fiscalização. “O objetivo deles (traficantes) é levar a droga até o seu destino. Então, lançam mão de várias estratégias. E nosso trabalho é evitar isso”, frisou.
A incineração faz parte do calendário da Semana Mundial de Combate às Drogas, definida pela Organização das Nações Unidas. Participaram também autoridades do Poder judiciário, Ministério Público Federal, Ministério da Saúde e outras relacionadas às áreas de entorpecentes. A incineração ocorreu no forno de uma empresa localizada no Distrito Industrial, em Cuiabá.
A PF incinera drogas três vezes ao ano, em média. Para isso, precisa de autorização judicial. Alguns objetos apreendidos em conjunto, como malas e sacolas, também são incinerados, uma vez que possuem resquício de entorpecentes.
As apreensões precisam ser destruídas em um maior número de vezes para evitar o problema do armazenamento por parte da PF. Conforme os policiais, tanto peso acaba comprometendo as estruturas do edifício-sede em Cuiabá. Além disso, a questão de segurança também é levada em conta.
O comboio que levou o entorpecente do prédio da PF até o forno no Distrito Industrial contou com a presença de 50 agentes.
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