‘Não quero ser candidato kamikaze’, diz Mauro Mendes
Pré-candidato ao governo do Estado, o empresário Mauro Mendes (PSB) admitiu ontem recuar a candidatura se PDT e PPS não ficarem no projeto.
Ele afirmou que tem viabilidade eleitoral, mas falta ainda concretizar a viabilidade política. “Política não se faz sozinho, se faz com pessoas, com partidos. Eu preciso de tempo na TV, por exemplo. Se o PDT e o PPS não estiverem comigo, tenho o direito de repensar meu projeto”, disse Mauro Mendes. A declaração foi feita durante entrevista à Rádio Cidade-FM.
Desde que lançou sua candidatura, o empresário tem enfrentado turbulências para se manter na disputa. Crises, inclusive, dentro do seu próprio partido. O presidente do partido, deputado federal Valtenir Pereira, diante do grupo formado, viu que sua chance de reeleição é pequena. Passou então a abrir diálogo com o grupo do governador Silval Barbosa (PMDB), já desacreditando na eleição de Mendes. Apesar das circunstâncias, ele nega conflitos e diz, publicamente, que o PSB terá candidato ao governo.
PDT e PPS vivem verdadeira guerra interna. Há o risco das Executivas nacionais do PDT e do PPS fazerem uma intervenção no Estado, decretando que os partidos se coliguem com os da base aliada nacional. O PDT teria então que seguir o PT e PMDB, com Dilma Rousseff (PT), candidata à Presidência, e Michel Temer (PMDB) de vice e com Silavl Barbosa candidato ao governo de Mato Grosso.
Já o PPS teria que se aliar ao PSDB, que em Mato Grosso trabalha com o ex-prefeito de Cuiabá Wilson Santos como o candidato ao governo. Nacionalmente, o PPS é um dos principais aliados do candidato à presidência, José Serra.
Desse modo, o PSB sobraria sozinho no páreo da corrida ao governo de Mato Grosso, ficando apenas com o PV, que apesar de ter candidato a presidente quase não tem força em Mato Grosso.
Mauro afirmou que não quer ser um candidato “kamikaze”, ou seja, ele não quer ir para uma disputa considerada suicida. Ele ainda citou candidaturas nanicas que entram na disputa já sabendo que vão perder, mas que não pretende fazer isso.
Apesar do sinal de recuo, Mendes disse que vai lutar até o último minuto do dia 30 de junho, dia das convenções, para que seu projeto se viabilize. “Eu estou sonhando com um Mato Grosso melhor. Não vou desistir fácil”, disse Mauro Mendes.
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