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MT Eleições 2014
Quinta - 24 de Junho de 2010 às 06:28
Por: Jean Campos

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O deputado Percival Muniz (PPS), um dos idealizadores do movimento “Mato Grosso Muito Mais”, já admite a hipótese de implosão da aliança PSB/PDT/PPS e PV em decorrência da instabilidade das legendas que a compõem. Aparentemente decepcionado, ele desabafou. “Luto para salvar o movimento. Mas não sei se consigo. Vamos resistir até a última hora”, disse o parlamentar, na manhã de ontem, após sessão na Assembleia Legislativa.

A crise no grupo se agrava diante da possibilidade de intervenção nacional no PDT que pode ser incluído no projeto político do governador Silval Barbosa (PMDB). Tal “manobra” tem aumentado a resistência de membros do PPS e do próprio PSB em relação à candidatura ao governo do empresário Mauro Mendes (PSB).

“O movimento está passando por muitas dificuldades. Problemas no PDT, no PSB. No PPS, conseguimos uma posição clara do presidente nacional Roberto Freire, que disse em reunião com Wilson Santos: ‘Vá resolver com o Percival’”, narrou. Para ele, a “autonomia do PPS” chegou atrasada, “no momento em que o projeto está fragilizado”.

Apesar dos entraves, Percival conta que, durante reunião na noite de anteontem, os líderes do movimento decidiram continuar com a aliança e levá-la para apreciação dos partidários nas convenções. “Quanto mais problema aparece, mais Mauro Mendes se fortalece e sobe na preferência do eleitor”, aposta.

Na avaliação do deputado, o atual cenário coloca ao PPS duas alternativas: salvar o movimento ou seguir com o PSDB e DEM. Caso o partido siga a diretriz nacional de fortalecer no Estado o palanque do presidenciável José serra (PSDB), o socialista antecipa que pode ficar de fora da eleição. “Eu não tenho condições de ir com o PSDB. Como é que eu vou fazer campanha pra Wilson depois de me expor dessa forma no movimento? Passamos seis meses nos digladiando. É até deselegante estar no mesmo palanque que ele”, opinou Percival.

Se mantida a aliança em torno de Mauro Mendes, ele não descarta figurar como o segundo candidato ao Senado. O pré-candidato ao Senado pelo PDT, Pedro Taques, segundo ele, aceitou a “dobradinha”.

Muniz contou também que até o dia 30, data da convenção estadual, as discussões partidárias estão a cargo do deputado federal Eduardo Moura (PPS) e do secretário-geral do diretório regional da legenda, Antônio Carlos Máximo. Ele confessa que não imaginava que sofreria tanta resistência interna.

O parlamentar reforça que se movimenta para manter o PDT e seu próprio partido na coligação. Contudo, não esconde as dificuldades que terá até o próximo dia 30. “É pressão de todo jeito. Se derrotado, irei me voltar para casa e lamber minhas feridas porque não consegui”, finalizou.






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