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Quinta - 24 de Junho de 2010 às 05:29
Por: Ana Rosa Fagundes

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O clima esquentou no PDT ontem, deixando claro o racha que existe no partido. Enquanto o presidente da sigla, deputado estadual Otaviano Pivetta, defende a candidatura de Mauro Mendes (PSB) ao governo, outra ala do partido quer abertura de diálogo com outros candidatos, em especial Silval Barbosa (PMDB).

Sem avisar ou convidar Pivetta, o secretário-geral da sigla, Rodrigo Rodrigues, convocou uma entrevista coletiva ontem à tarde para falar sobre a decisão de militantes de não apoiar Mauro Mendes. O presidente do partido, porém, ficou sabendo do encontro e apareceu de surpresa na sede do partido, seguido por Pedro Taques, candidato ao Senado pelo PDT.

Depois de uma conversa a portas fechadas, a briga entre Pivetta e militantes foi aberta para toda a imprensa. O deputado afirmou que foi traído por “gente em quem confiava”, já que Rodrigo e outros membros trabalharam em seu gabinete por três anos.

Rodrigues afirmou que a maioria dos partidários chegou à conclusão de que a candidatura de Mendes não tem viabilidade e por isso quer seguir outro rumo. “A candidatura de Mendes vai afundar e o PDT vai afundar junto. Não é isso que queremos”, disse Rodrigues.

Rebatendo as afirmações, Pivetta falou sobre acordos “não- republicanos”, sugerindo que o apoio de militantes do PDT teria sido comprado por adversários.

Muito irritado com a situação, o presidente reafirmou compromisso na candidatura de Mauro Mendes e ainda ironizou os outros dois candidatos, Silval Babosa e o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), afirmando que os dois têm em comum as denúncias de desvio de dinheiro público. “Mauro Mendes é o único candidato diferente dos que se apresentam. Os outros dois têm muita coisa em comum, em especial o desvio de dinheiro pelas obras do PAC e outro com o maquinário”, afirmou o deputado.

No bate-boca, Valdinei Barbosa, ex-assessor de gabinete de Pivetta e um dos integrantes que defendem o afastamento da candidatura de Mauro, disse que num encontro com o candidato ao governo Mendes teria dito que não precisa conversar com os militantes, mas só com alto clero do partido. “Ele é muito arrogante, não concordamos com esse tipo de atitude”, disse o militante.

Depois da discussão, Rodrigo afirmou que vai a Brasília nesta madrugada para levar um abaixo-assinado ao ministro Carlos Lupi, presidente do PDT, pedindo a intervenção nacional.

Hoje cedo acontece outra reunião da Executiva para, segundo Pivetta, reafirmar o apoio a Mendes. “Quem não estiver gostando da posição do partido, que foi tomada há muito tempo e com anuência da executiva, que saia”, afirmou o presidente.

O PDT é um dos idealizadores do projeto Mato Grosso Muito Mais, composto por quatro partidos, PSB, PDT, PPS e PV, e que tem Mauro Mendes como candidato ao governo. O grupo começou com nove partidos, mas só os quatro resistiram.





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