Cães com fobia a fogos de artifício, problemas cardíacos e epilepsia precisam ser afastados dos sustos. Inclua na programação dos jogos um local protegido para o animal
Onde o cão vai assistir a Copa?
Rojões, cornetas, buzinas, bombinhas e muitos gritos. O mundial de futebol já começou e os cães sofrem com sons tão comuns nesse período. Responsável pelo Hotel Fazenda para cães Clube de Cãompo, localizado em Itu, o médico veterinário Aldo Macellaro Jr. explica que os pets têm audição diferente da nossa e por isso os ruídos agudos incomodam ainda mais. “O barulho realmente incomoda o animal. Se alguns fogos de artifício são altos e doem os nossos ouvidos o mesmo acontece com o deles”.
Além do incomodo físico, o estampido dos rojões - principal fogo de artifício usado para as comemorações durante as partidas - pode provocar medo e até mesmo fobia em animais que passaram por um treinamento errado. “A maioria dos cães que apresentam fobia a fogos de artifício foi condicionado, de maneira errada, a esse comportamento”, explica Macellaro. “O animal entende o barulho como algo fora da rotina dele e apresenta algumas alterações de comportamento. Se o proprietário responde a essas alterações, pegando no colo ou mimando demais o animal acaba reforçando a ideia de que é uma situação de perigo e que o animal deve temer”.
O medo pode gerar uma situação de estresse e provocar uma série de alterações físicas e de comportamento no animal como: taquicardia, tremores, salivação. Cães que sofrem com problemas cardíacos e convulsões podem ainda sofrer ataques durante os períodos de maior intensidade do barulho.
O médico veterinário desaconselha o uso de tampões e ataduras para tentar amenizar o barulho. “Isso pode provocar ainda mais estranheza no animal e não vai resolver o problema”. O especialista lembra que sedativos e outros medicamentos só devem ser usados sob a prescrição de um médico veterinário. “Só ele vai poder avaliar as características do animal corretamente”.
O ideal seria educar o animal desde filhote a não associar esses sons e ruídos a algo que ele deva ter medo. “Quem tem um animal novo em casa, não deve reforçar nele o comportamento de medo”, avisa. “Nas primeiras vezes em que ele apresentar sinais desse sentimento, tente associar o barulho a algo positivo, oferecendo a ele o brinquedo preferido dele ou algum petisco. Não pegue o animal no colo e tente mostrar a ele que aquela não é uma situação que ele deve temer”.
A medida não vai surtir efeito em animais que tem fobia, para esses é necessário um treinamento de recondicionamento que deve ser feito por especialistas. “Ele vai fazer um treinamento específico para o caso com o objetivo de acostumar o animal ao barulho e desassociar à situação de perigo”, explica. “O treinamento pode durar meses dependendo do grau de pavor apresentado pelo bicho”. Como os jogos já estão acontecendo e a barulheira só termina no próximo mês uma solução imediata é afastar completamente o cão do barulho. Deixando em locais protegidos.
Com 60.000 m2 de área total, o Hotel Fazenda para cães está situado em uma área rural e sem vizinhança, o que garante a tranquilidade dos animais mesmo em dias de jogo da seleção brasileira. “Aqui no Clube de Cãompo recebemos muitos animais nesse período que estão fugindo do barulho dos fogos de artifício”, diz Macellaro. Além da hospedagem com pernoite, que pode ser feita em qualquer dia da semana, o local oferece ainda uma outra modalidade de serviço que pode ser usada durante os dias de jogos o Day Care, um dia destinado a atividades recreacionais e brincadeiras, onde os cães podem gastar energia e se divertir sem pernoite.
SERVIÇO:
Clube de Cãompo – Hotel Fazenda para cães
11 4897-9518/ 9968-4729
Rodovia SP 300 (Dom Gabriel Paulino Bueno Couto), km 94,5 – Itu/SP.
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