Roberto Freire faz mistério sobre enquadramento no PPS em MT

O presidente nacional do Partido Popular Socialista (PPS), Roberto Freire, disse hoje ao Olhar Direto que promete manter em segredo até o dia 30 de junho a forma como a Executiva Nacional resolverá o imbróglio em torno da aliança do partido em Mato Grosso.

Por entender que o grupo dentro do PPS que apóia Wilson Santos (PSDB) é minoritário, Freire evita falar sobre a realização de uma prévia, mas reitera, porém, que qualquer decisão do diretório regional que contrarie a orientação nacional de apoio ao PSDB terá que ser aprovada pela executiva nacional.

“Tudo será resolvido na convenção do partido. Qualquer decisão diferente da orientação nacional será decidido na convenção”, pontuou.

Roberto Freire reforça o receio de que o PPS fique sem atingir seu principal objetivo, que é conquistar uma cadeira na Câmara Federal. “Sinto fragilidade na coligação PDT, PSB e PPS. Não acredito que esta coligação tenha futuro. São muitas incertezas dentro de cada partido”, disse.

A incerteza de Roberto Freire reside no fato de que PDT e PSB sejam partidos ao governo federal e que seria temerário fazer uma aliança com legendas que, segundo ele, não inspiram confiança. Ele citou um caso ocorrido nas eleições em Santa Catarina, em 2002, em que a candidatura do PPS, mesmo após ser homologada, foi desfeita porque o PDT desistiu da coligação.

"Pode ocorrer em Mato Grosso o que fizeram com o PPS de Santa Catarina, quando a candidatura de Sérgio Grando teve que ser retirada por causa da desistência do PDT. Não queremos ver isso acontecer denovo com o PPS", concluiu.