Pesquisa definirá vice de Wilson; tendência é DEM anunciar Lucimar
O grupo que integra a coligação de apoio a Wilson Santos (PSDB) estabeleceu, como último e decisivo critério para definição do nome a vice, o resultado de uma pesquisa qualitativa. O trabalho de campo começou domingo (20) e fica pronto nesta terça. A partir dos dados, que vão identificar quem mais agrega à campanha majoritária, a coligação baterá o martelo. A tendência é que seja a ex-primeira-dama do Estado Lucimar Sacri de Campos, esposa do senador e ex-governador Jayme Campos. Ela é filiada ao DEM. PTB e alguns nanicos integram a aliança.
Os pesquisadores estão ouvindo 1,6 mil pessoas para buscar o "vice ideal do DEM" para Wilson. Na amostragem são apresentados como alternativas os deputados estaduais Dilceu Dal Bosco e José Domingos, Lucimar, o senador Gilberto Goellner e o ex-prefeito de Primavera do Leste Érico Piana. Destes, alguns já disseram "não" ao convite, como Domingos e Piana. Wilson, Jayme, coordenadores de campanha, marqueteiros e representantes dos partidos do arco de aliança vão se reunir para avaliar o resultado da pesquisa. Está acertado que o nome que melhor aparecer na amostragem vai ser escolhido.
Mesmo diante do impasse criado hoje em torno da vice, o grupo quer chegar a convenção de sábado (26) com a chapa definida oficialmente. Wilson está empolgado com a possibilidade de Lucimar ser sua companheira de chapa. A pesquisa seria mais um instrumento de pressão para tanto ela quanto os demais membros da família Campos concordarem com o convite. Alguns, por enquanto, resistem, principalmente depois que o tucano caiu nas intenções de voto e não é mais o líder absoluto, como se constatava até o ano passado. O próprio Jayme não se mostra entusiasmado em ter a mulher no páreo. Já o tucanato e a militância do DEM entendem que uma candidatura de Lucimar forçaria Jayme a "abraçar a campanha", evitando o que muitos chamam de "corpo mole". Acham também que o trauma político por ter sido adversário histórico de Wilson, o que deixou aberta ferida por muitos anos, já tenha sido superado.
O nome de Lucimar seria aposta do bloco de oposição para tentar "arrebanhar" a ala feminina para reforçar o nome de Wilson ao Palácio Paiaguás e também no sentido de levar a chapa a reconquistar eleitores da Baixada Cuiabana, mesmo se tratando de uma chapa que tem como principal cabeça um ex-prefeito de Cuiabá. Acontece que o tucano saiu "queimado" do Palácio Alencastro e aparece em desvantagem nas intenções de voto na região. Outro argumento é que Lucimar seria um nome "leve", sem desgaste. Embora não tenha experiência na vida pública, é lembrada por ações desenvolvidas na área social.
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