Pré-candidato ao governo já teve três candidatos para sua chapa, mas todos declinaram o convite; um deles volta a ser cogitado mas continua resistente
Wilson garante que já tem o nome do vice ao governo
O pré-candidato do PSDB ao governo do Estado e ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, disse que anuncia o nome do vice até a noite de amanhã após indicação do DEM. Com isso, será o primeiro concorrente ao Palácio Paiaguás com chapa definida. A escolha, segundo o tucano, ainda está entre o deputado José Domingos Fraga Filho, que demonstra certa resistência, e outro democrata do interior de Mato Grosso que não teve o nome revelado. Em relação ao PPS, ele avisa que dá prazo até quinta-feira (24) para ceder espaço à legenda.
A indicação do vice foi anunciada ontem por Wilson após reunião em que o senador em exercício Jorge Yanai (DEM) descartou integrar a chapa e lançou pré-candidatura à reeleição. O candidato a vice do ex-prefeito vai ser conhecido após muita especulação, rumores de crise e poucas horas antes da convenção na qual tucanos e democratas formalizam aliança com o PTB no sábado (26). Enquanto isso, o governador Silval Barbosa (PMDB) e o empresário Mauro Mendes (PSB) também correm contra o tempo para escolher os respectivos candidatos a vice-governador.
Wilson nega os rumores de que a indefinição represente uma crise. Alega que todos os adversários convivem com o mesmo impasse. Disse ainda acreditar na indicação do deputado José Domingos, apesar do diretório do DEM em Sorriso, onde o parlamentar tem base eleitoral, ter aprovado indicativo contra a participação do filiado na cabeça de chapa.
Sobre o outro nome do DEM para eventual vice, o ex-prefeito de Cuiabá faz mistério. Antes do senador Jorge Yanai, Lucimar Sacre de Campos (esposa do senador Jaime Campos) e o deputado Dilceu Dal Bosco também rejeitaram a indicação para integrar a chapa na disputa ao governo.
Wilson falou da relação com o DEM no comitê central da campanha em Cuiabá, localizado na Avenida Miguel Sutil. Ele avisou ainda que vai aguardar resposta do PPS para saber se eles querem ou não indicar um senador na chapa ao invés de apoiar o empresário Mauro Mendes na disputa ao governo. A aproximação é defendida pelo diretório municipal de Cuiabá, presidido pelo vereador Ivan Evangelista. Já a direção estadual da sigla, sob comando do deputado Percival Muniz, prefere Mauro Mendes. Diante do impasse, a cúpula regional agendou a definição em convenção partidária somente para o dia 30, o que pode dificultar o acordo com o PSDB defendido pelos convencionais da Capital.
O ex-prefeito de Cuiabá também quebrou o silêncio e comentou ontem a polêmica decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que permite intervenção do governo do Estado no Município para pagamento de precatórios, falou da pré-campanha do governador Silval Barbosa e anunciou a coordenação da sua campanha.
Vice
"Até a noite dessa quarta-feira (amanhã) vamos ter o nome do vice. Pode ser o deputado José Domingos ou outro nome do interior com o qual temos conversado. O deputado continua no processo de discussão porque ele não descartou essa possibilidade. Se não for ele, poderemos ter outra indicação do DEM. Aí só depois disso para a imprensa ficar sabendo esse nome, mas não há problema. Legalmente, teríamos até o dia 30 para fazer essa escolha. Essa discussão não é tão simples porque envolve projetos de vida para várias pessoas, projetos para regiões do Estado, do partido, enfim, é uma série de fatores que tem que ser levados em consideração e vamos continuar fazendo esse debate de forma tranquila. Mas não há crise"
Silval
"É desproporcional a disputa. Há um grande desequilíbrio tanto para mim como para o Mauro Mendes. Eu tive que deixar a Prefeitura e vir para a planície. No caso dele (Silval), ele deixou o cargo de vice e assumiu o governo para administrar um orçamento de quase R$ 1 bilhão por mês. Não é muito justo isso"
Campanha
"Vamos fazer uma campanha propositiva. Sem ataques. Queremos mostrar um plano de metas para ajudar Mato Grosso se inserir no grupo dos estados mais ricos do Brasil ao lado de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo. Não quero entrar em ataques pessoais"
Intervenção
"Isso não existe na prática. É igual nota de R$ 3,00. Alguém já viu? Além do mais, quantas decisões judiciais determinando intervenção já tivemos e nada foi feito? Temos determinações da Justiça determinando intervenção no governo do Estado. Lembra da desapropriação do bairro Renascer, em Cuiabá? O Superior Tribunal de Justiça (STJ) falou para intervir no Estado e nada houve. Então, vejo essa questão como parte da rotina administrativa. Nada demais"
PPS
"Ainda acreditamos na possibilidade de aliança com eles. Setores do partido têm participado de reuniões com a gente e, como não definiram nada, vamos aguardar até essa quinta-feira (24) que eles indiquem um candidato ao Senado para disputar ao lado do (ex-senador) Antero Paes de Barros a senatória. Se não fizerem isso, a prioridade vai ser a candidatura do senador Jorge Yanai, pois ele já demonstrou interesse na reeleição e conta com apoio do grupo".
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