Três magistrados surgem com força para suceder presidente
Já começaram as articulações visando a eleição para a presidência do Tribunal de Justiça, que acontece em novembro. Pelo regulamento, podem concorrer os três magistrados mais antigos. Estão no páreo os desembargadores Rubens de Oliveira, Orlando Perri e Manoel Ornelas.
Nos bastidores, as informações são de que o corregedor de Justiça, desembargador Manoel Ornelas, quer ser um dos candidatos. Ele se aposenta em 2013, quando completa 70 anos, e por isso esse seria o momento para uma candidatura, pois ele pode ser alcançado pela aposentadoria sem chegar ao cargo de presidente. O desembargador Rubens de Oliveira também teria manifestado vontade de concorrer ao posto.
Orlando Perri ainda não decidiu se será candidato. Ele pretende resolver primeiro as pendências que tem no Conselho Nacional de Justiça para ser candidato. Perri, diferente dos outros, ainda tem tempo para ser presidente. Como tem 53 anos de idade, ainda tem 17 anos pela frente.
A partir do mês que vem, quando Antônio Bitar Filho e Jurandir Florêncio de Castilho se aposentam, Perri será o desembargador mais antigo do Tribunal. Apesar da prerrogativa, ele não tem pressa. “Acho que para sentar na cadeira de presidente o desembargador não pode ter nenhuma suspeita, por isso eu desejo que meus processos administrativos disciplinares sejam julgados antes”, explicou Perri.
Se algum deles não quiser disputar o cargo, outros desembargadores, por ordem de antiguidade, entram na disputa. Entre os nomes subsequentes está o do vice-presidente Paulo da Cunha. Ontem ele afirmou que não tem pretensão ao posto e ainda não definiu apoio. “As chapas não foram montadas ainda, temos que esperar mais para avaliar quem serão os candidatos”, disse o desembargador.
O atual presidente, José Silvério Gomes, foi eleito para um “mandato-tampão” em março deste ano. Ele ocupou o lugar deixado pelo então presidente, desembargador Mariano Travassos, que foi punido com aposentadoria compulsória pelo Conselho Nacional de Justiça, acusado de desviar verba do Tribunal para ajudar uma cooperativa de crédito ligada à Maçonaria. Junto com ele, mais dois desembargadores e sete juízes foram aposentados.
Gomes assumiu num momento de crise institucional. Além da própria “aposentadoria dos 10”, novas denúncias sobre venda de sentenças envolvendo magistrados vieram à tona. Por isso e outras problemas administrativos, Silvério não quer ser presidente novamente “nem amarrado”, conforme afirmou ontem.
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