Nanicos e falta de candidaturas femininas emperram as chapas
Partidos considerados nanicos são os mais indecisos sobre coligações proporcionais para deputado estadual. São os que mais dão trabalho para efetivação das amarrações políticas porque seus dirigentes abrem diálogos com todos grupos, se envolvem mais em brigas internas e se mostram vulneráveis aos chamados acordos espúrios. Já as grandes legendas praticamente decidiram o rumo que vão tomar. Outro complicador são a labuta das legendas para preenchimento do mínimo de 30% das vagas de candidaturas para mulheres. A legislação eleitoral não permite mais ficar em branco.
O PMDB do governador e pré-candidato à reeleição Silval Barbosa, por exemplo, aceitou participar do chapão com PT e PR. Juntos, vão lançar 48 nomes, sendo 34 homens e 14 mulheres. O problema é que o grupo só conseguiu 6 representantes da ala feminina. Faltam 8 nomes para completar os 30%. Dessa coligação, a expectativa é de eleger ao menos 10, a exemplo do que aconteceu com o bloco PPS/PFL de 2006.
Na agremiação peemedebista, as maiores apostadas são com os nomes dos "novatos" Teté Bezerra e Baiano Filho, dos já deputados Adalto de Freitas, o Daltinho, Wallace Guimarães e do ex-deputado Romoaldo Júnior. O PT apresenta três nomes tidos como fortes, sendo eles do deputado Ademir Brunetto e dos suplentes Alexandre Cesar e Verinha Araújo. O PR vem com candidaturas que devem ter boas votações, como dos seus seis deputados (Sérgio Ricardo, Sebastião Rezende, João Malheiros, Jota Barreto, Mauro Savi e Wagner Ramos). Correm por fora o ex-deputado Emanuel Pinheiro, o ex-prefeito de Iitquira Ondanir Bortolini, o Nininho, e o ex-secretário de Estado de Desenvolvimento Rural Neldo Egon.
Ainda na coligação pró-Silval entra o PP, que vai lançar chapa completa, com 24 nomes, incluindo os 30% de mulheres. O nome considerado "puxador" de votos é do presidente da Assembleia, deputado José Riva, que buscará o quinto mandato. Estima-se que ele supere os 100 mil votos, mesmo sob críticas, denúncias e condenação da Justiça por atos de improbidade. Entram na retaguarda do PP os deputados Maksuês Leite, Antonio Azambuja e Airton Rondina, o Português, enquanto o ex-prefeito de Reserva do Cabaçal Ezequiel da Fonseca corre por fora, assim como o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Deucimar Silva.
A maior confusão está no bloco que apoia Mauro Mendes a governador. Esta semana será decisiva para saber se PSB, PPS, PDT e PV vão mesmo fechar a unidade. A chapa proporcional para estadual é considerada fraca. No PDT, o principal nome é do vice-prefeito de Cáceres Wilson Kishi, já que o deputado Otaviano Pivetta não deve buscar a reeleição. O também parlamentar Percival Muniz desfalca o PPS na briga por cadeira na Assembleia. Os quatro partidos devem formar chapão, com expectativa de eleger um deputado, considerando o quociente eleitoral que ficará entre 64 mil e 70 mil votos.
Mauro de Lara, o Procurador Mauro, pré-candidato a governador pelo Psol, deve ter chapa para estadual, mas sem a mínima chance de garantir uma vaga.
O PSDB e o DEM já estabeleceram um chapão, com expectativa de garantir entre 4 e 6 vagas. Do tucanato, os mais cotados são o deputado Guilherme Maluf e os ex-parlamentares Carlos Carlão do Nascimento e Carlos Avalone. No caso dos democratas, a aposta fica com aqueles que buscam a reeleição, como Chica Nunes, Gilmar Fabris, Dilceu Dal Bosco e José Domingos. O PTB, que fará parte de uma Frentinha, tem quadro "fraco". Seu principal pré-candidato é o médico Aray da Fonseca.
São 24 vagas. Cada deputado ganha hoje R$ 15 mil mensais e usufruiu de outras vantagens, como R$ 15 mil a título de verba indenizatória e tem controle de mais R$ 30 mil de verba de gabinete. Como porta-voz da sociedade, tem a missão de fiscalizar os atos do Executivo e de apresentar projetos e outros proposituras.
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