O plano de negócios anterior (2009-2013) previa investimentos de US$ 186,6 bilhões. Houve um acréscimo de US$ 31 bilhões no segmento de novos projetos (com foco no segmento de exploração e produção), além de ajustes em função de reajustes de custos e de alteração na participação societária.
O novo plano de negócios, aprovado hoje pelo Conselho de Administração da companhia, leva em conta uma meta de produção de 3,9 milhões de barris de petróleo/dia em 2014. Em 2009, o ritmo de produção foi de 1,9 milhão de barris/dia.
Somente a área de exploração e produção deve receber aportes na casa dos US$ 118,8 bilhões até 2014, um aumento de 14% em relação ao orçamento previsto no plano de negócios anterior.
"Os recursos serão destinados para garantir a descoberta e apropriação de reservas, a maximizar a recuperação de petróleo e gás nas concessões em produção, além de desenvolver a produção do pré-sal da Bacia de Santos e intensificar o esforço exploratório nas outras áreas do pré-sal em em novas fronteiras do Brasil e no exterior", diz a diretoria da Petrobras, no comunicado oficial.
Pré-sal
Ainda de acordo com o comunicado, o incremento na produção será sustentado pela exploração das áreas tradicionais de exploração ("o pós-sal"), mas o plano também contempla a futura exploração das áreas do pré-sal, "que devem ter maior participação na curva de produção no período pós-2014".
Para a exploração do pós-sal, a Petrobras prevê aportes de US$ 77,3 bilhões até 2014, sendo a maior parte (67%) para desenvolvimento da produção.
Já no caso do pré-sal, os investimentos previstos são de US$ 30,8 bilhões, sendo que uma parcela de 83% somente para desenvolvimento da produção.
Refino
A área de refino, transporte e comercialização deve receber a segunda maior verba prevista no plano de negócios 2010-2014, com aporte de US$ 73,6 bilhões. Os recursos visam aumentar a capacidade de refino, em consonância com o aumento da produção previsto.
Por esse motivo, 50% do orçamento total deve ser alocado em expansão dessa capacidade, incluindo a entrada em operação da RNEST (Refinaria Abreu e Lima), em Pernambuco, as Refinarias Premium e a primeira fase da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro).
Outros 29% dos recursos devem ser investidos no atendimento ao mercado interno, informa ainda a Petrobras.
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