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Economia
Sábado - 19 de Junho de 2010 às 14:40

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A venda de cimento está limitada na região de Tangará da Serra. Empresas que comercializam o produto alegam que existe apenas uma fábrica para abastecer o mercado de Mato Grosso e Rondônia, o que, em períodos de seca, quando as construções estão em alta, limita o fornecimento por parte da indústria e as vendas no varejo.

Uma das causas da escassez do produto em tempos de estiagem é o grande número de construções de Usinas Hidroelétricas na região. O não atendimento à demanda pelo produto já vem acontecendo há pelo menos três anos, já que a única indústria do estado, localizada em Nobres, ao firmar contratos de grande volume com as usinas, prioriza  a entrega do cimento às mesmas e não comporta a demanda pelo produto no mercado varejista. 

Segundo o diretor comercial de uma loja de materiais de construção no município, Babyton Pasetti, “em tempos de seca, a fábrica que abastece o mercado mantém o varejo com o que sobra das usinas.
As lojas não tem como realizar novas vendas, precisamos priorizar os clientes com obra em andamento, que já compraram o cimento e deixaram depositados conosco. Todas as empresas do ramo adotam a mesma política enquanto a  indústria não normaliza o fornecimento. A venda é limitada mas estamos conseguindo cumprir com a nossa programação”.

A demanda de cimento em Mato Grosso é a que mais cresceu no país nos últimos anos. A procura pelo produto no Estado gira em torno de 120 a 125 toneladas mês. A perspectiva para os próximos anos, por conta do  crescimento da construção civil e pelos investimento que deverão ser feitos no Estado, e também pelo fato de Cuiabá ser uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014,  é de aumento dessa demanda.

É provável que o problema seja sanado com implantação de novas fábricas. Representantes de um grupo de fundos de investimentos anunciou ao governador Silval Barbosa, nesta quarta-feira, 16, a construção da primeira fábrica de cimentos da nova empresa BRC Cimento no país.

A unidade será instalada no Distrito Marzagão, município de Rosário Oeste, onde serão investidos na construção da fábrica R$ 400 milhões, nos primeiros 18 meses, e mais R$ 400 milhões nos próximos cinco anos, gerando mil empregos diretos, na fase de construção e 450 mil empregos diretos quando a indústria estiver funcionando. A expectativa de produção é 1,5 milhão de toneladas/ano.

O porta-voz do grupo, Felício Valarelli informou que a partir da liberação do Estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), que já foi protocolado na SEMA, começam os serviços de terraplenagem no local, e no prazo de cinco meses começam a chegar as máquinas encomendadas junto a Prago Tec, da Bélgica, uma das maiores fábricas de cimento do mundo. Ele ressalta que a Prago Tec, além de especializada em implantar esse tipo de fábricas, detém todos os selos internacionais de não agressão ao meio ambiente. A BRC Cimento é a primeira empresa neste segmento que terá o capital totalmente aberto e suas ações serão operadas na bolsa de valores. “Estamos abrindo a primeira unidade em Mato Grosso por que é o Estado mais promissor da União”.

O prefeito de Rosário Oeste, Joemil Araújo, disse que o governador se mostrou bastante receptivo, pois a fábrica vai possibilitar geração de renda e emprego, além de contribuir para com uma necessidade do estado.





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