Inaugurado em 1976 com capacidade para receber 40 mil torcedores, o estádio Verdão deixa saudades na população; do gramado, resta a terra preta e já foram retiradas as arquibancadas e as bilheterias
Com Verdão "no chão", população aguarda a construção de nova arena
O antigo estádio Governador José Fragelli, o Verdão, começa a ganhar ares de arena multiuso. Da antiga edificação resta apenas uma parede branca, com os dizeres de alguns antigos patrocinadores de jogos, onde ficava a entrada para os vestiários. Essa lembrança também está prestes a ruir. Do gramado, resta a terra preta. Já foram retiradas as arquibancadas e as bilheterias. Tudo agora parece um grande aterro. Verdão abaixo era algo, até um tempo atrás, impensável. Sua demolição chegou a ser questionada por segmentos organizados e pela sociedade.
Inaugurado em 1976 com capacidade para receber 40 mil torcedores, o estádio Verdão promete deixar saudades. Esta fase de aterramento abre espaço para se visualizar uma nova estrutura que custará mais de R$ 400 milhões. O movimento no local é intenso. A imagem que se tem é de uma obra organizada. Neste sábado (19), as máquinas trabalham manipuladas e acompanhadas por cerca de 20 operários. Agora não tem jeito. Todas as fichas precisam ser apostadas no novo projeto.
Ao apresentar um cronograma adiantado das obras da arena, a Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa (Agecopa) ameniza as críticas sobre sua atuação. Segundo o arquiteto Marcelo Almeida, que acompanha os trabalhos no Verdão, o cumprimento dos prazos vem recebendo elogios. “Muitas outras cidades não estão nesta fase que realizamos. Já compararam os trabalhos daqui com a forma de construção do Estádio Olímpico de Londres, na Inglaterra, pela preocupação, principalmente, com o meio ambiente”, destacou o arquiteto. O Olimpyc Stadium, no qual Oliveira se refere, ainda está em construção e sediará os Jogos Olímpicos de 2012.
No momento, Cuiabá como subsede da Copa de 2014 pode se vangloriar. Se depender do andamento das obras do Verdão, está fora de cogitação qualquer possibilidade de perder a chance de sediar jogos. Ainda mais depois da CBF divulgar, por meio de nota pública, a exclusão do Morumbi do Mundial. O governo de São Paulo, hoje sob o comando de Alberto Goldman (PSDB), promete insistir para que a cidade seja anfitriã da Copa, sediando a abertura. O fato é que a posição da CBF quanto ao Morumbi, deixa Cuiabá em vantagem no evento.
Obras são realizadas "a todo vapor" para cumprir prazos para a construção da arena multiuso para a Copa
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