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Economia
Sábado - 19 de Junho de 2010 às 07:32

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A queda de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2009 não impediu que a maior parte das categorias de trabalhadores conquistasse aumentos reais nos pisos salariais durante o período. É o que mostra levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado ontem. De 635 categorias pesquisadas no País, 93%, ou 590, conquistaram elevações reais. Outras 17 (2,7%) obtiveram a reposição da inflação com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As 28 (4,4%) categorias restantes apuraram reajustes abaixo do índice.

O setor com os melhores resultados foi o rural, onde cerca de 97% dos pisos apresentaram aumento real em 2009. Nele, não houve reajuste abaixo do INPC em nenhuma negociação. De acordo com o Dieese, esse fenômeno pode ser explicado, entre outras razões, pela proximidade dos valores dos pisos com o valor do salário mínimo oficial, de R$ 465 em 2009. A indústria obteve os resultados mais favoráveis, com maior proporção de aumentos reais acima de 10%, mas é também neste setor em que houve a maior perda no piso salarial, na faixa entre 6,01% a 7% abaixo do INPC.

No comércio, houve maior concentração dos reajustes nas faixas de aumento real entre 2,01% a 6% acima do INPC, em especial na faixa de 5,01% a 6%, que corresponde à faixa do ganho real do salário mínimo oficial. No setor de serviços, há maior incidência de reajustes abaixo da variação do INPC e a maior proporção de reajustes iguais ao índice e com aumentos reais de até 2% entre os segmentos analisados. O Dieese ressaltou, contudo, que isso não significa que os menores pisos salariais estejam concentrados nos serviços.

Em valores absolutos, metade dos pisos ficou abaixo de R$ 540 mensais. O setor rural é o que apresenta a maior concentração de salários baixos: quase 60% dos pisos do setor localizaram-se na faixa de R$ 500,01 a R$ 600. No comércio, pouco mais de 40% dos pisos estão na mesma faixa e, na indústria, pouco menos de 40% ganham esses valores, índice que fica em cerca de 30% no setor de serviços. 






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