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Sábado - 19 de Junho de 2010 às 07:13
Por: Carolina Holland

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Somente nos três primeiros meses deste ano, 899 pessoas envolvidas em acidente com motos foram atendidas no Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá. No ano passado, foram 4.919, número que representa 65,2% do total de vítimas de acidentes de trânsito que foram parar no PSMC. Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito que obriga os mototaxistas e motoboys a fazer um curso de 30 horas para melhorar atitude no trânsito pode diminuir esse número.

Durante o curso, serão ministradas aulas sobre noções básicas de segurança e prudência no trânsito, importância do uso dos equipamentos de segurança e prudência no trânsito. Estão previstos módulos específicos para o transporte de pessoas e do transporte de mercadorias. O objetivo é garantir conhecimentos, padronização de ações e ter mais atitudes de segurança no trânsito. As aulas serão ministradas pelos Departamentos Estaduais de Trânsito ou por outras instituições autorizadas.

A reportagem foi às ruas de Cuiabá para ouvir os motoboys e mototaxistas e saber o que eles pensam a respeito da resolução. Todos eles concordaram com a resolução e acham que a medida pode trazer melhorias para o trânsito em Cuiabá.

Para o mototaxista Roni Ferreira da Silva, que trabalha no ramo há pouco mais de um ano, a maior parte dos acidentes é causada por imprudência. “Eu acho que esse curso tem mesmo que ser obrigatório, porque quem sabe assim diminui a violência no trânsito”, disse.

João Batista e Souza, de 40 anos, trabalha há 13 anos como mototaxista e nunca sofreu acidente. “Eu tomo cuidado na hora de pilotar a moto, porque as pessoas estão cada vez mais imprudentes e o trânsito na cidade piora cada dia mais”, afirmou.

Além de o próprio veículo oferecer menos segurança do que um carro, por exemplo, os motociclistas têm que conviver ainda com o preconceito de outros motoristas. É comum, segundo eles relataram, eles serem “fechados” por outros veículos ou xingados no trânsito pelo fato de serem mototaxistas. “Concordo que tem muito motociclista imprudente, mas não é justo sofrermos consequências por causa dos erros dos outros”, declarou Durvalino Trindade dos Santos Filho, de 40 anos.

Na opinião de Orlando Bom Despacho, de 54 anos, o curso deveria ser estendido para todos os motociclistas, não apenas os mototaxistas e motoboys. “Todos devem se conscientizar para podermos ter um trânsito melhor”, opinou.

Poderão se matricular no curso pessoas que tenham completado 21 anos e que estejam habilitadas há no mínimo dois anos para a condução de motos. Não poderá fazer o curso quem estiver cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da carteira de habilitação ou que esteja impedido judicialmente de exercer seus direitos.






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