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Sexta - 18 de Junho de 2010 às 09:49
Por: Kelly Martins

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As operações da Polícia Federal realizadas em Mato Grosso nos últimos cinco anos custaram R$ 14 milhões aos cofres públicos. Somente neste ano já foi gasto quase R$ 1 milhão no combate a diversos crimes nas quatro operações: Bismarck, Hygéia, Asafe e Jurupari. Tratam-se de ações contra fraudes de seguro-desemprego no INSS, de improbidade na Fundação Nacional de Saúde (Funasa),além de venda de sentenças no Judiciário mato-grossense e crimes ambientais.

A última foi deflagrada no dia 21 de maio e contou com a colaboração de 91 pessoas, entre engenheiros, empresários, fazendeiros, servidores e assessores políticos e se tornou alvo de muita polêmica por contrariedade de vários segmentos da sociedade que afirmam ter viés político na ação do juiz da Primeira Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, e do Procurador da República, Mário Lúcio Avelar. A Jurupari teve o custo de R$ 400 mil e contou com o efetivo de 200 policiais federais.

O assunto foi debatido nesta quinta-feira (17), durante audiência pública, na Assembleia Legislativa (AL), que reuniu diversas autoridades e parlamentares para debater os efeitos e causas, como, por exemplo, os resultados práticos obtidos com as operações.

Uma outra questão discutida foi quanto aos mandados de prisão decretados pela PF e o número de pessoas que ainda continuam presas, assim como os impactos das ações da PF na economia de Mato Grosso.

Dados apresentados pelo economista Maurício Munhoz, na audiência, aponta que de 2005 a 2010 30 mil pessoas teriam ficado desempregadas por conta das operações policiais, causando um prejuízo de R$ 8 milhões ao Estado. O economista teve como base a Operação Curupira, que desmontou a maior rede de corrupção contra o desmatamento da Amazônia, em 2005.

Os números serviram para embasar a audiência solicitada pelo deputado José Riva (PP), presidente da AL, que discutiiu as irregularidades na maneira como a Jurupari foi desencadeada. O parlamentar e o deputado federal Pedro Henry, também do PP, já protocoloram no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP) pedindo a quebra de sigilo telefônico do juiz e do procurador da República.






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