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Sexta - 18 de Junho de 2010 às 09:35
Por: Romilson Dourado

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O desembargador José Silvério já começou a se movimentar nos bastidores pela reeleição à presidência do Tribunal de Justiça.

Em meio a uma série de escândalos que abala o Judiciário estadual e que tem levado o Conselho Nacional de Justiça a "punir" com afastamento e aposentadoria compulsória juízes e desembargadores, enquanto outros se apressam para entrar para a inatividade, o Pleno vai escolher, em novembro deste ano, quem conduzirá a Justiça por mandato de dois anos.

De acordo com a Lei da Magistratura Nacional (Loman), devem concorrer os três desembargadores mais antigos. Nesse caso, estão no páreo Rubens de Oliveira, Orlando de Almeida Perri e Manoel Ornellas.

Destes, Rubens é o que reune mais chance de êxito. Se mostra bem articulado e possui menos rejeição junto aos colegas do Pleno. O detalhe é que Silvério tomou gosto pelo poder e tem direito a, se assim entender, buscar a reeleição porque ele não foi corregedor-geral e nem vice-presidente e o seu mandato tampão de presidente não passará de um ano. Silvério assumiu o comando do TJ com a "queda" de Mariano Travassos, aposentado compulsoriamente sob determinação do CNJ por causa de envolvimento em escândalos. Silvério é um dos magistrados contra o qual não pesa qualquer tipo de acusação. Isso o coloca em vantagem na eleição interna num momento em que o Judiciário necessita reconquistar a credibilidade. Os últimos quatro ex-presidentes se aposentaram após citação em denúncias de irregularidades, sendo eles José Ferreira Leite, José Jurandir de Lima e Travassos, punidos pelo CNJ, e Paulo Lessa, que entrou voluntariamente para a compulsória.

Pleno

Ao todo são 30 vagas de desembargadores, que ganham quase R$ 30 mil mensais, fora uma série de privilégios e regalias. Devido aos desfalques, estão sobrando 12 cadeiras no Pleno. Foram afastados nesta semana sob determinação do CNJ Evandro Stábile e José Luiz de Carvalho. Eles se juntam a outros quatro punidos pelo Conselho: Ferreira Leite, José Tadeu Cury, Travassos e Jurandir de Lima. Saíram do Pleno Lessa e, de quebra, também se aposentaram Díocles Figueiredo, Donato Fortunato Ojeda e Leônida Duarte Monteiro. Desse modo, o Pleno, com mais de 50% renovado, vai escolher seu novo presidente daqui a quatro meses para vir a tomar posse em março de 2011, com a missão de conduzir o Judiciário estadual até 2013.





Fonte: RD News

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