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Economia
Sexta - 18 de Junho de 2010 às 09:04
Por: Vitor Abdala

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O comércio brasileiro apresentou, em 2008, crescimento de 7,5% no número de empresas, de 8,5% no pessoal ocupado, de 20,8% na receita operacional líquida e de 18,9% na massa salarial, apesar da crise econômica que atingiu o mundo a partir do último trimestre daquele ano. A constatação é da Pesquisa Anual de Comércio, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A crise se avizinha no final de 2008 e, analisando os números da pesquisa como um todo, a impressão que nós temos é que, considerando 2008 como um todo, não houve impactos nos números. Como se pôde ver, a economia se expandiu, houve crescimento em todos esses indicadores", disse Fábio Carvalho, técnico da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. A Pesquisa Anual de Comércio também constatou que o setor que mais cresceu de 2007 para 2008 foi o comércio de veículos, peças e motocicletas, com mais 21,8% na receita líquida, 21,7% no crescimento real dos salários e 12,1% no total de pessoas ocupadas.

Segundo a gerente de Análise de Dados da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, quando o assunto é o crescimento dos veículos e peças em 2008, verifica-se que a economia vem aquecida desde 2006, com a recuperação da renda das famílias e o crescimento do emprego. "Isso favorece o consumo maior das famílias e impulsiona a venda de veículos, que também é influenciada pela expansão do crédito e pelo prazo do pagamento. É um setor que já vinha crescendo e que tem esse crescimento expressivo em 2008". Analisando apenas os dados de 2008, sem comparar com o ano anterior, o destaque ficou para o setor de comércio de combustíveis e lubrificantes, que respondeu pela maior receita operacional líquida daquele ano (R$ 186,6 bilhões) e pela maior média salarial (R$ 3,131 mil).

Empregos - O segmento do comércio no Brasil empregou 8,22 milhões de pessoas em 2008, ou seja, 8,5% a mais do que no ano anterior. Segundo dados da pesquisa do IBGE, o número de empresas também aumentou no período, passando de 1,33 milhão em 2007 para 1,43 milhão no ano seguinte. A receita líquida gerada pelo comércio em 2008 chegou a R$ 1,45 trilhão, 20,8% a mais do que no ano anterior. Segundo o IBGE, o comércio varejista representava 80% do total de empresas e empregava 72,8% das pessoas em 2008, mas, naquele ano, gerou apenas 39,6% das receitas líquidas. Já o comércio atacadista representava 10,7% das empresas naquele período e empregava 17,2% das pessoas, mas foi responsável por 44,6% das receitas líquidas. O comércio de veículos e autopeças respondeu por 9,3% das empresas, 10% dos empregados e 15,8% das receitas líquidas.






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