Os altos níveis de vitamina B6 e do aminoácido metionina cortam o risco pela metade, sugere o estudo, que acompanhou 400 mil pessoas por oito anos.
A vitamina e o aminoácido estão presentes em vários tipos de nozes, peixe e carne vermelha, e também podem ser tomados sob a forma de suplementos.publicado.
O estudo foi publicado pela revista especializada Journal of the American Medical Association. Segundo especialistas ouvidos pela revista, entretanto, parar de fumar continua sendo a melhor maneira de reduzir o câncer de pulmão.
Eles afirmam que ainda é muito cedo para determinar se o consumo de vitaminas traria alguma proteção adicional, já que os níveis mais altos de vitamina B e aminoácidos poderiam simplesmente ser resultado de um estilo de vida mais saudável, o que, por si só, reduziria o risco de câncer.
De acordo com o Fundo Mundial para Pesquisas sobre o Câncer (WCRF, na sigla em inglês), envolvido no estudo, ainda são necessárias novas pesquisas para determinar se o aumento da vitamina B na dieta pode realmente diminuir o risco de câncer e para entender a razão disso.
Dieta saudável
A cientista Panagiota Mitrou, do WCRF, afirmou: “Essas descobertas são muito animadoras já que são importantes para entender o processo de câncer de pulmão e poderiam ter implicações em sua prevenção”.
“Mas apesar de este ser um importante estudo, é vital que passemos aos fumantes a mensagem de que aumentar os níveis de vitamina B6 não é – e nunca será – um substituto para parar de fumar.”
Mas se o resultado for confirmado, isso poderia significar que ex-fumantes e pessoas que nunca fumaram podem fazer algo positivo para diminuir seu risco de desenvolver câncer de pulmão, disse a médica.
O estudo acompanhou quase 400 mil pessoas em 10 países europeus ao longo de oito anos.
Entre elas, estavam pessoas que nunca fumaram, fumantes e ex-fumantes.
Independentemente de fumarem ou não, as pessoas com níveis mais altos de vitamina B6 e metionina no sangue pareciam estar protegidas contra o câncer de pulmão.
Um número muito menor de pessoas neste grupo desenvolveu tumores no pulmão ao longo do estudo, em comparação com as pessoas com a concentração mais baixa destes nutrientes no sangue – 129 pessoas contra 408 respectivamente, de um total de 899 casos de câncer entre os pacientes acompanhados.
O pesquisador chefe do estudo, Paul Brennan, da Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, afirmou: “Se novas pesquisas confirmarem nossas conclusões, então o próximo passo será identificar o nível ótimo de concentração de vitamina B no sangue para reduzir o risco futuro de câncer”.
A médica Joanna Owens, do instituto Cancer Research UK, afirmou: "Apesar de este estudo sugerir uma relação entre os níveis de vitamina B no sangue e a redução do risco de câncer de pulmão, isso não prova que a vitamina B possa diretamente proteger contra a doença”.
“A forma mais importante de se proteger contra o câncer de pulmão é parar de fumar. Nenhuma quantidade de vitaminas pode contrabalançar os riscos apresentados pelo fumo.”
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