Entre os presos está Benedito Ramos, conhecido como Tinho, integrante do PCC e, segundo a polícia, o responsável pela logística de transporte das armas e drogas que vinham do Paraguai.
Tinho foi preso, na tarde de quarta-feira (16), no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio, quando chegava de São Paulo para uma reunião da quadrilha em um restaurante luxuoso na rua Barata Ribeiro, em Copacabana.
No restaurante foram presas outras quatro pessoas. Entre elas, o líder da quadrilha, Lenildo da Silva Rocha, que estava solto há dez dias e comandava o tráfico em uma favela de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Antes de ser solto, ele comandava o grupo do complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio).
A advogada de Rocha, Eunice Fábio dos Santos, também foi presa no restaurante. De acordo com a PF, ela era responsável pelas movimentações financeiras da quadrilha e recolhia a renda das vendas das armas nas comunidades da Baixada Fluminense. Para os policiais, a advogada alegou que ai até a região buscar seu salário.
Segundo a PF, as armas que vinham do Paraguai, além de serem revendidas em favelas da baixada, iam para Petrópolis (região serrana do Rio) --onde uma pessoa também foi presa-- e eram usadas pela própria quadrilha.
O delegado Enrico Zambrotti, da Polícia Federal, afirmou que a quadrilha faturava cerca de R$ 1 milhão por mês e que as investigação começaram em janeiro. "A coordenação das atividades ilícitas era feita por presidiários ligados a facção criminosa Comando Vermelho que tinha um elo direto com PCC, em São Paulo", afirmou.
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