Elas estão naquela fase de chamar a atenção pela beleza da juventude. São universitárias, têm o corpo dentro dos padrões saudáveis, mas estão insatisfeitas e estas não são só as mais ‘cheinhas’.
Uma Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública da USP revela que 64% das universitárias entrevistadas queriam ser menores do que são. Quase metade das estudantes com peso absolutamente normal queriam ser, ainda mais magras.
A autora da pesquisa usou uma escala de silhuetas que ajudou a revelar um padrão de beleza distorcido e perigoso. Assista a íntegra da entrevista no vídeo abaixo.
Vinte e seis por cento das universitárias entrevistadas apresentam comportamento de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares como anorexia e bulimia.
Setenta e cinco por cento tinha peso normal, mas mesmo assim queriam ser menores, ou seja, a insatisfação não é real.
“Há uma distorção da imagem corporal quando se chama mulher normal de ‘cheinha’ e desnutrida de magra”, avalia Marle Alvarenga, nutricionista.
Fazer dieta tempo todo, ter relação complicada com alimento, contar caloria de tudo o que come, usar método compensatório quando acha que comeu demais ou eventualmente perder controle de alimento tendo compulsões, estes são alguns dos indícios desta distorção.
Se é pra escolher um padrão, as mulheres de hoje deveriam olhar para as mulheres do passado... “Uma série de ícones como, Leda Vargas, Marta Rocha estavam dentro dessa faixa, mesmo assim insatisfeitas. Hoje a mídia considera pessoas normais ‘cheinhas’. Quando elas têm um corpo normal e ficam tentando modificá-lo o tempo todo podem colocar corpo em risco e até de excesso peso futuro”, alerta a pesquisadora.
O índice que calcula a porcentagem de gordura no corpo deve ser entre 18,5 e 25. Calcule aqui o seu IMC.
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