Laudo sobre bebê enterrado vivo sai em 10 dias

Deve sair em 10 dias o resultado do laudo de necropsia feito no corpo do bebê do sexo feminino que foi encontrado enterrado em um sítio na comunidade quilombola Mutuca, na cidade de Nossa Senhora do Livramento (a 42 quilômetros de Cuiabá).

A Polícia Civil depende do resultado do exame para saber se a criança nasceu morta ou teria sido sufocada pela própria mãe, uma adolescente de 17 anos, que também a teria enterrado ainda com vida. Havendo necessidade de novas análises, o prazo pode ser prorrogado.

O laudo preliminar do Instituto de Medicina Legal (IML) aponta causa indeterminada da morte. Conforme uma fonte do IML, o corpo não tinha sinais de violência, não apresentava hematomas, e já estaria há 48 horas enterrado.

Ontem, a assessoria de imprensa da Sejusp informou que a investigação ficará a cargo do delegado Adalberto de Oliveira, da Delegacia do Jardim Glória, em Várzea Grande, e que também responde pela unidade policial de Livramento. Procurado pela reportagem pela manhã, Oliveira informou que o caso ainda não havia chegado.

A polícia, que teve conhecimento do fato por meio de denúncia anônima, precisa do resultado do laudo para saber realmente as circunstâncias da morte do bebê.

A criança nasceu na tarde do último domingo (13). A adolescente deu à luz sozinha no meio de uma mata e ainda não se sabe se foi a própria mãe que a enterrou ou o pai da garota, Arlindo Martins dos Santos, 43 anos.

Em depoimento à polícia, ambos caíram em contradição. Inicialmente, ela disse que colocou um pano na boca da criança, depois, falou que não e que, após dar a luz, correu para casa para pedir ajuda e quando voltou não achou mais o bebê. A adolescente também disse que estava gestante de quatro meses e que sofreu aborto espontâneo.

Já Arlindo Martins chegou a declarar que não sabia do caso, mas foi ele quem levou os policiais até o local onde estava enterrado o corpo do bebe. Ele foi detido por posse ilegal de arma e liberado após pagar fiança.