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Economia
Quinta - 17 de Junho de 2010 às 07:43

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Executivos da Marfrig Alimentos exaltaram, durante teleconferência para analistas de mercado e acionistas, que a aquisição da norte-americana Keystone Foods proporcionará a ampliação da parceria com a maior rede de fast food do mundo, o McDonald"s, que ocorre há 40 anos. A companhia priorizará ainda o crescimento na China, mercado considerado prioritário nos planos de expansão global da Marfrig e para o qual estão previstas a ampliação e até construção de novas unidades de processamento.

Na China, inclusive, a Keystone - agora Marfrig - é dona de 80% do McDonald"s. No Brasil, a Marfrig é fornecedora exclusiva da cadeia de lanchonetes. Segundo o presidente da Marfrig Alimentos, Marcos Antonio Molina dos Santos, o próprio McDonald"s intermediou a venda da Keystone para a companhia. "A Keystone foi uma oportunidade para fecharmos essa cadeia de aquisições e, por pertencer a um fundo que estava encerrando e colocaria a empresa à venda, fomos procurados por sermos um comprador estratégico e por indicação do Mc Donald"s", disse o executivo.

Indagado por um analista se uma possível busca do McDonald"s por outros fornecedores poderia abalar a companhia, o diretor de Relações com Investidores da Marfrig Alimentos, Ricardo Florence, afastou essa possibilidade e considerou como "consolidada e sem chance de ser desfeita" a parceria entre as duas empresas. Santos completou e disse que a operação "irá fortalecer o mercado global", com a rede de fast food.

Com vendas de US$ 6,5 bilhões anuais a Keystone é a maior empresa de distribuição de proteínas animais para restaurantes no mundo, de onde vêm 60% da receita, e também grande processadora de proteínas. Do total faturado, 40% vem dos Estados Unidos, 40% Europa e 20% da Ásia, mercado no qual a Marfrig aposta no crescimento.

MÉDIO PRAZO - O presidente da Marfrig afirma que a compra da Keystone Foods "põe um ponto final em aquisições" da companhia ao menos nos próximos cinco anos. Esse é o período que a companhia brasileira terá para captar recursos para saldar a emissão de R$ 2,5 bilhões (US$ 1,3 bilhão) em debêntures mandatórias com prazo em cinco anos.

O empresário brincou ao responder a questão, já que tinha feito promessa semelhante quando a Marfrig comprou a Seara, no ano passado. "Agora vou ter de fazer um documento público para não comprar mais nada; mas com essa aquisição vou "diluir ainda mais" e nos próximos cinco anos não podemos fazer nada", disse Santos. "Vou trabalhar os próximos cinco anos para ter o melhor retorno possível para performance da Marfrig e consolidar a companhia", completou.





Fonte: AE

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