Para tentar evitar que a Camex (Câmara de Comércio Exterior) reduza amanhã a alíquota de importação do aço, fabricantes nacionais do produto apresentaram argumentos nesta quarta-feira aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miguel Jorge (Desenvolvimento).
Segundo o presidente do IABR (Instituto Aço Brasil), Marco Polo de Mello Lopes, uma eventual redução das atuais alíquotas de importação, que variam de 12% a 14%, é desnecessária porque não há desabastecimento.
"Quando você reduz a tarifa, a leva para a lista de exceção [do Mercosul], ou seja, considera que há uma excepcionalidade. Mas não há anormalidade no mercado", afirmou Lopes.
Empresários dos setores automotivos e de eletrodomésticos têm pedido ao governo a redução da tarifa de importação devido à perspectiva de aumento do preço do aço nacional. Para Lopes, o pedido é injustificado.
"O aço pesa muito pouco no preço final desses produtos. Corresponde a apenas 6% do valor de um carro e 9% no preço de uma geladeira, por exemplo", acrescentou.
O representante do setor também reclamou para os ministros dos custos com energia elétrica e do gás natural. Além disso, segundo ele, o preço do minério de ferro aumentou 90% entre janeiro e maio deste ano.
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