É a primeira baixa na estatal que deve passar por mudanças até o final do mês devido a crise que vem enfrentando e que culminou com o atraso na entrega de correspondências, na realização de concurso público e na licitação para a distribuição das agências franqueadas.
A saída dele deve-se a uma carta que foi enderaçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual ele creditava a crise na estatal a falta de carteiros e à demora na realização de concurso público.
A Folha revelou que mais de um milhão de pessoas se inscreveram para o concurso, mas a empresa não contratou sequer quem irá realizar a prova.
A carta foi considerada ofensiva pelos demais diretores, uma vez que a área de operações, responsável pela área de logística, também enfrenta problemas que não foram citados. A Folha teve acesso a carta, assinada por diretores regionais dos Correios, a pedido de Marco Antonio.
O texto fala em "agravamento da situação para o segundo semestre deste ano" e em preocupação "com a falta de decisões e definições contundentes da diretoria da empresa".
Oliveira foi indicado para o cargo pelo senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO). A Folha apurou que o senador não se opôs à exoneração. Ele já superintendente da Infraero e chegou a ter seu nome citado no relatório final da CPI do Apagão Aéreo, que investigou a crise no setor, mas foi excluído da lista por decisão da bancada governista.
Próximo ao irmão da ministra Erenice Guerra (Casa Civil), Antonio Eudacy Alves Carvalho, que trabalhou com ele na Infraero, Marco Antonio contava que conseguiria ficar no cargo. Ele não foi encontrado para comentar o assunto. Marco Antonio foi diretor administrativo da Infraero e deixou o cargo, com toda a diretoria, durante o apagão aéreo.
Outros dois diretores também estão na mira do governo e podem perder os cargos: Pedro Magalhães, diretor de Gestão de Pessoas, e Roberto dos Santos, de Administração.
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