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Saúde
Quarta - 16 de Junho de 2010 às 16:52
Por: Efe

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Vírus HIV, da Aids, em versão tridimensional
Vírus HIV, da Aids, em versão tridimensional

Os remédios para combater o vírus HIV que causa a Aids poderiam ser substituídos por um tratamento genético, sugeriu um estudo publicado nesta quarta-feira (16) pela revista Science Translational Medicine. A técnica consiste, basicamente, na inserção de genes na corrente sanguínea dos pacientes.

 

Sua aplicação pode substituir o atual regime de combinação de remédios para impedir a manifestação da Aids em pacientes infectados com o HIV, indica o estudo realizado por um grupo de cientistas liderado pelo oncologista David DiGiusto, da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia (EUA).

A técnica foi aplicada em pacientes com linfoma, um câncer de sangue que é uma das manifestações típicas da infecção do HIV em pessoas que desenvolveram a Aids. No geral no tratamento desses pacientes junto com a quimioterapia se aplica uma extração parcial de sua medula óssea, seguida por um transplante de seus próprios glóbulos vermelhos não infectados.

Segundo o estudo, quatro pacientes foram submetidos a esse procedimento. Os cientistas inseriram um vetor com genes antivírus junto com as células de um transplante normal. Uma vez no interior das células, o vetor transmitiu três fatores diferentes que frearam a multiplicação do vírus.

Nenhum dos pacientes mostrou sintomas de intoxicação sanguínea e os glóbulos dos quatro mostraram expressões dos genes antivírus da Aids. Além disso, afirma a pesquisa, 18 meses depois o número desses antivírus tinha aumentado em dois dos quatro pacientes.

 

Segundo o relatório, os resultados indicam que o procedimento é aparentemente seguro e que as células que receberam o novo material genético sobreviveram. No entanto, os cientistas admitiram que ainda existem obstáculos e que o próximo passo será assegurar que as células sanguíneas que recebem os genes de proteção contra a Aids não sejam destruídas pelo sistema imunológico do paciente. Além disso, indicou o relatório, também será necessário assegurar a multiplicação dessas células e que todas elas contenham os fatores contra o HIV.





Fonte: R7

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