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MT Eleições 2014
Quarta - 16 de Junho de 2010 às 08:48
Por: Romilson Dourado

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A 110 dias das eleições, Silval Barbosa e Wilson Santos estão em equilíbrio nas pesquisas. É a primeira vez que se vê em Mato Grosso nos últimos 16 anos uma disputa tão renhida em pleno período das convenções, quando os partidos definem oficialmente suas candidaturas majoritárias e proporcionais e as coligações. Como o empresário Mauro Mendes (PSB) corre por fora, embora esteja sob ameaça de "jogar a toalha" devido à inconsistência de sua coligação Mato Grosso Muito Mais (PSB, PDT, PPS e PV), a tendência é do futuro governador ser definido no segundo turno.

Os últimos dois governadores que, inclusive, foram reeleitos depois, enfrentaram situações diferentes na fase das convenções da que se constata hoje. Em 1994, Dante de Oliveira (já falecido) despontava como favorito contra o petebista Oswaldo Sobrinho, que tinha apoio do então governador Jayme Campos. O favoritismo do então pedetista era tanto que "inchou" o palanque por causa dos adesistas, aqueles que esperam ver quem tem mais chance de vitória para não dar cartada errada. As intenções de voto se confirmaram e Dante chegou ao Paiaguás com 71,2% dos votos válidos (471.110 votos).

Em 98, Dante se reelege, pelo PSDB. Começou atrás nas pesquisas por causa do desgaste do governo mas, assim que o então "imbatível" Júlio Campos (PFL e hoje DEM) se aliou com o arqui-rival político Carlos Bezerra (PMDB), se percebia a debandada do eleitorado para o palanque de Dante. As pesquisas mostraram a ascensão gradativa do candidato tucano, reeleito com 53,9% (472.409 votos).

O pleito de 2002 começou em meio a uma incógnita. Enquanto Antero de Barros assumia a condição de candidato governista, empurrado pela máquina estadual e por Dante, a oposição batia cabeça,. Só foi encontrar socorro no empresário Blairo Maggi já com praticamente 90 dias das eleições. O sentimento de mudança foi tão forte que o então candidato do PPS virou o jogo e ganhou no primeiro turno. Em 2006, também contra Antero, Maggi se manteve na liderança nas pesquisas do começo ao fim e reconquistou o mandato numa só etapa.

Agora, o quadro é diferente. Começou, no ano passado, com o ex-prefeito de Cuiabá com larga vantagem na corrida ao Paiaguás. Neste ano, quem assumiu a dianteira foi o então vice e agora governador Silval. Talvez tenha sido beneficiado do desgaste de Wilson, que enfrentou uma série de problemáticas administrativas enquanto prefeito. Muitos apostavam que a entrada no páreo de Mauro Mendes seria o diferencial, com expectativa do empresário assumir a primeira colocação, o que não aconteceu até agora. As últimas pesquisas apontam empate técnico entre o peemedebista e o tucano. Silval perdeu pontos. Muitos atribuem essa falta de fôlego aos escândalos que atingiram o Paiaguás.

De um lado está um candidato da situação, com apoio das máquinas estadual e federal, do ex-governador Blairo Maggi e do bloco do presidente Lula, que se empenha na campanha da presidenciável Dilma Rousseff. De outro, um nome que representa a oposição, com apoio do DEM e PTB e empurrão do presidenciável José Serra. Assim, Silval e Wilson polarizam a disputa pelo Palácio Paiaguás.





Fonte: RD News

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